A ‘Dama de Ferro’ da comunidade brasileira
-O braço forte e a determinação de Heloisa Galvão de servir socialmente a nossa comunidade, apoiada por outras mulheres com o mesmo objetivo, sustenta o GMB há quase 19 anos
Ela vai
comemorar os seus 26 anos de América em 15 de agosto de 2014, e tem uma trajetória
marcante, impecável dentro da nossa comunidade. Nem sempre teve o apoio de
todos, mas sempre teve parceiras de luta, amigas fieis de sonhos, que ajudaram
a construir uma história, um legado, uma imagem dentro da comunidade. Ela foi a
primeira protagonista do Festival da Independência (Brazilian Day de Boston), e
o sustenta até hoje, 17 anos depois. Heloisa com a sua liderança tenaz virou
ponto de referência e é reconhecida por todos, tanto do lado de lideranças americanos
como por parte dos brasileiros. Lutadora ferrenha pelos direitos da mulher
brasileira em solo americano, nunca se importou com algumas criticas veladas
que teria fundado o ‘Clube da Luluzinha’. As ‘Luluzinhas’ já ajudaram muitos
marmanjos e continuam ajudando muitos até hoje, com seus serviços sociais. Ela
é protagonista principal e uma das mentoras e fundadoras do Grupo da Mulher
Brasileira, e da Cooperativa Vida Verde. Heloisa muitas vezes não foi e nem será
um consenso total dentro da comunidade com suas idéias e projetos sociais. E
quem sempre foi ou será um consenso na nossa comunidade? Mas é uma lutadora,
determinada, e corre atrás de seus sonhos, fez e faz por merecer, ser
reconhecida por muitos. Ela é ativa e constante sem variantes, é uma verdadeira
‘Dama de Ferro’, sem barreiras de idade, de doenças, de disposição, e uma lenda
viva dentro das conquistas na nossa comunidade. Muitos podem vir depois dela,
mas como ela, não. Sua singularidade é seu diferencial, sua obstinação e
alegria são contagiantes. O Hello como sempre foi buscar no âmago da comunidade
está linda história verdadeira, desta mulher, mãe e avô incansável, que não
mede sacrifícios em prol do que acredita ser um bem social para nossa
comunidade.
Primeiros passos
profissionais no Brasil
Eu
comecei a trabalhar com 17 anos com jornalismo, nunca pensei em fazer trabalho
comunitário, minha paixão era e é jornalismo até hoje. Eu comecei a trabalhar
em meados de 1965, no jornal ‘O Fluminense’ em Niterói, RJ, que era um dos
maiores jornais do estado do Rio, e continua sendo até hoje. Bati na porta
deles e pedi um emprego, uma oportunidade para fazer um estágio, eu não sabia
nada de jornalismo, a única coisa que eu sabia é que eu queria ser jornalista,
eu não tinha ideia de onde e como começar. Deram-me uma posição e eu comecei a
trabalhar na redação que naquela época só tinham homens trabalhando nela, eu
fui à primeira mulher por ali. Tudo de graça sem receber um tostão furado pelo
meu trabalho.
Primeiros passos nos EUA
Ela chegou
aos EUA em 15 de agosto de 1988: ‘não esqueço o dia por que a temperatura
estava em 40 graus e eu toda vestida de inverno, (risos)... ’. ‘Eu cheguei aos
EUA com 40 anos, estou aqui há 26 anos, mas o meu Brasil jamais ficou para
trás. Eu sou jornalista formada no Brasil, a paixão da minha vida sempre foi o
jornalismo’.
História da Família
Veio com
o marido Pedro Roberto, para fazer um mestrado em Jornalismo na Boston
Universidade, trouxe junto dois filhos; Roberta, que casou com uma americano e
hoje tem Mestrado em Educação com formação na UMASS (Faculdade do Estado de
Massachusetts). Atualmente é professora da High School de Framingham; o César
Roberto (seu filho) casou com uma espanhola e hoje vive na Flórida e é
engenheiro civil formado aqui nos EUA. Heloisa tem dois netos um de cada filho.
Os dois netos são homens e nasceram com 40 dias de diferença. O Pedro Roberto
(ex-esposo) e Heloisa se divorciaram há algum tempo atrás e Pedro hoje vive em
Natal, Brasil. Heloisa nasceu na Ilha Grande no estado do Rio, carioca da gema,
da periferia, até hoje ainda puxa um sotaque. A Heloisa conheceu o seu
ex-marido em Natal, Pedro Roberto (Bebeto) em um período em que foi fazer uma
especialização em Arqueologia em Natal e lá trabalharam juntos em alguns
projetos de arqueologia, e a partir de então nasceu o amor entre os dois. Heloisa
só tem uma irmã que se chama Rosa Maria, que é a mais velha das duas e vive no
Brasil.
Fundadora do ‘Brazilian
Monthly’, um dos primeiros jornais brasileiros de Boston
Flávia
era uma colega de aula da Boston University e as duas eram muito amigas e
decidiram montar um dos primeiros jornais brasileiros de Boston o ‘Brazilian
Monthly’, ele durou cerca de 4 anos, começou em medos 1991.
‘O jornal era bilíngue, por queríamos introduzir a nossa cultura entre os americanos e que eles tivessem alguma ideia do que se passava dentro da nossa a comunidade brasileira aqui em Boston, ele não era todo traduzido, alguns textos eram outros não, esta foi uma fase muito legal na minha vida’.
Funcionária pública
do estado de Massachusetts
‘Já
trabalhei como funcionária pública do estado de Massachusetts, em funções
sociais. Eu era a pessoa de ligação entre a Administração da Secretaria de Educação
da ‘Boston Public School’ e a comunidade. Minha função era no inicio de
tradutora dos brasileiros. Eu fui contratada em 2000, primeiro para fazer
tradução, como ‘part time’, e como tinha muitos brasileiros chegando naquela
época minha função ficou muito requisitada e acabei sendo contratada como ‘full
time’ pelo estado de MA, como tradutora e intérprete. Trabalhei nesta função
por 20 anos até janeiro 2010’.
O inicio do Grupo da
Mulher Brasileira
-Grupo da Mulher
Brasileira tem como seu braço forte a Cooperativa Vida Verde
‘Não
comecei sozinha não o GMB. Ele começou em 1995. Na verdade eu fui contratada
por um Grupo que tinha atividades sociais em Somerville, eles ganharam uma
verba para ajudar famílias recém chegadas com crianças pequenas. Naquela época
eles contrataram uma Vietnamita, uma Haitiana, uma Espanhola e eu brasileira.
Eu comecei com um grupo de 9 famílias brasileiras com filhos pequenos, o meu
era o maior grupo de todos’.
‘Eu tinha
que visitar estas famílias uma vez por semana. Este emprego era um tipo de
segundo trabalho, pois eu ainda trabalhava para o estado ‘full time’ eu
trabalhava ali nas horas vagas, e a minha função era ajudá-las em tudo’.
‘Depois
de 2 anos neste ‘part time’ a verba desta instituição acabou e o programa
acabou. Entretanto ainda tinha um dinheirinho que restava e eles deixaram a
gente ficar mais um tempinho para organizar as nossas comunidades. Neste
período ganhávamos mais ou menos em torno de $4 mil dólares por ano, para cada
uma, o tempo de trabalho ficou bem reduzido’.
‘Quando
acabou este programa as famílias com que eu trabalhava me questionaram; ‘Não
queremos deixar de receber a sua ajuda e assistência ou de nos encontrarmos,
queremos continuar se encontrando’. A partir daí começamos a se encontrar todas
as sextas-feiras a noite em Somerville, e este foi pontapé inicial do Grupo
Mulher Brasileira. Esta foi à base do Grupo, estes primeiros encontros nas
sextas-feiras à noite em Somerville. Estas famílias, ou melhor, dizendo estas
mulheres são as mulheres que fundaram o GMB. Entre elas estava eu a Regina
Bertoldo, Kátia, Regina de Paula, entre outras, nos éramos um grupo de mais ou
menos entre 10 e 12 mulheres que decidimos fundar o GMB’.
O GMB vai
fazer em março de 2014, 19 anos de vida.
‘Na
atualidade eu tenho a função de Diretora Executiva no GMB’.
‘O GMB
tem hoje uma diretoria com sete pessoas. E uma ONG dentro dos padrões normais
de qualquer ONG e temos um status não beneficente. Nós nascemos na mesma época em
que o Centro do Imigrante Brasileiro foi fundado’.
‘O Grupo
Mulher Brasileira foi criado com a prioridade voltada para a questão da mulher
brasileira imigrante, mas nós atendemos todo mundo que nos procura homens e
mulheres e não vamos deixar nunca de atender quem procurar a nossa ajuda’.
‘O Grupo
não começou naquela época com a intenção de ser um grupo de mulheres, mas
começou entre nós as mulheres que discutíamos questões que interessavam a nós
mulheres, e virou uma organização com base, com força por que todas elas
começaram a agir, correr atrás de soluções para os problemas que nos afetavam e
cada uma começou a tomar providencias, saber das questões, começamos a reclamar
de coisas que nos pareciam injustas, etc.. Algumas não falavam inglês na época,
hoje todas aprenderam inglês, todas são cidadãs americanas, e continuam ativas
em causas sociais’.
Troféus, prêmios e
medalhas
- Alguns dos troféus que recebeu no Press
Award, um reconhecimento da importância do Grupo Mulher Brasileira para
comunidade de Boston.
Heloisa
foi condecorada com a Medalha do Barão do Rio Branco pelo consulado Brasileiro
em reconhecimento pelo seu trabalho dentro da comunidade brasileira e também já
ganhou vários Press Award na Flórida pelos seus projetos sociais e conquistas
na comunidade brasileira de MA.
Harvard Universidade
‘Eu dou
aulas de português na Harvard, desde 2010, estou entrando para o quarto ano. Eu
não tenho mestrado em português, meu mestrado é em jornalismo e televisão. Eu
não sou professora titular na Harvard, por que não tenho o doutorado em
português e teria que fazer concurso para isso. Eu não fiz concurso, eu fui
contratada para a função. A Harvard tem interesse em que tem adversidades na
função, e a experiência da pessoa tem muito peso na minha função que estou lá
hoje. Eu dou aulas de português e de cultura sobre o Brasil. Minhas aulas todas
são em português, não em inglês’.
Cooperativa Viva
Verde
-Nossa missão não é
só limpar casas, o cooperativado tem estar imbuído do compromisso social que a
cooperativa tem, não é só fazer dinheiro. Queremos que todas tenham um salário
digno, que elas possam sobreviver do fruto do seu trabalho.
A
cooperativa nasceu da seguinte forma; ‘Nos tínhamos aqui uma voluntaria que se
chamava Monica, ela inclusive já foi embora para o Brasil, ajudava aqui no
Grupo muita gente, ela trabalhava como diarista aqui nos USA, e ela
representava o GMB em uma reunião em Somerville, que ainda existe, com
frequência mensal, de um grupo que a gente ainda faz parte até hoje que se
chama Immigrant Service Providers Group’.
‘E um
representante da Tufts University, foi a uma destas reuniões e falou dos planos
da faculdade de desenvolver um trabalho social com as diaristas’.
‘Neste
dia Monica falou na reunião dos nossos planos do GBM de formar uma cooperativa,
porque as nossas diaristas brasileiras estavam enfrentando muitos problemas de saúde,
por que os produtos que elas usavam eram muito fortes além dos problemas de
exploração financeira, por que tem muitas que trabalham como terceirizadas na
função e são exploradas pelas empresas ou patrões, etc’.
‘A Tufts
foi a nossa intermediária como parceira do GMB para recebermos uns Grant’s (verba
de fundações) para tocar o projeto em frente. Eles escreveram e conseguiram a
verba para nos darmos inicio ao projeto da Cooperativa. Nesta mesma leva foram
beneficiados os grupos dos Haitianos e dos Hispanos’.
‘A
cooperativa é um braço do Grupo Mulher Brasileira, e a responsabilidade total e
do GMB. A liderança da Cooperativa faz as decisões delas referente à
cooperativa, por exemplo; elas têm uma conta que elas colocam 5% do que elas
fazem de dinheiro durante o mês e gerenciam este dinheiro, que normalmente é
utilizado para fazer cursos de aperfeiçoamento profissional e estes recursos
também ajudam a pagar a coordenadora da cooperativa, que é uma funcionária do
Grupo Mulher Brasileira’.
‘A
captação de clientes para a Cooperativa e feita através de vários sites, onde
os clientes colocam seus anúncios a procuram de serviços de diaristas. Quando
nos começamos 80% dos nossos clientes estavam localizados na Jamaica Plain, e
tivemos alguns comentários nos sites que nosso trabalho era muito bom por que
trabalhávamos com produtos naturais. Aí fomos crescendo e hoje temos bastantes
clientes’.
‘Temos 7
cooperativadas que trabalham na cooperativa como diaristas e estamos ampliando,
em um passado recente já tivemos mais cooperativadas, e algumas decidiram
trabalhar por conta própria, que esta é nossa meta. Nosso objetivo é ajudar
elas e terem força, conhecerem a profissão e buscarem voar com as próprias
assas, mas agora estamos dobrando o numero de cooperativadas, vamos ficar com
um total de 14. A demanda do mercado em busca dos serviços da cooperativa tem
aumentado muito e isso esta nos obrigando a dobrar a nossa força de trabalho’.
‘A
decisão delas das diaristas e de limpar duas casas por dia, 10 casas por semana,
em 5 dias por semana. Entretanto às vezes elas precisam limpar mais casas por que
a demanda no setor está muito forte’.
‘Para
entrar na cooperativa todas precisam passar por um treinamento de como usar os
produtos, etc. E o processo de seleção precisa estar aberto, atualmente ele está
aberto, e as candidatas precisam passar por duas ou três entrevistas, depois
passam por um processo de 6 meses de experiência na função, para que a pessoa
saiba se isso mesmo que ela quer e para nos vermos se a pessoa atende as
necessidades da Cooperativa. Nossa missão não é só limpar casas, o
cooperativado tem que estar imbuído com o compromisso social que a cooperativa
tem, não é só fazer dinheiro. Queremos que todas tenham um salário digno, que
elas possam sobreviver do fruto do seu trabalho. A função social vai desde
quando uma adoece as outras assumem a trabalho da outra e assim por diante, se
auto ajudam, no trabalho e financeiramente’.
Novo canal
democrático no GMB
‘Estamos
abrindo o GBM para associados, qualquer pessoa de qualquer nacionalidade pode
se associar no Grupo, e vamos abrir para que os sócios possam votar em que
frentes devemos agir e como, mas este direito de voto e só para associadas
brasileiras, associadas de outras nacionalidades não tem este direito de voto.
Com isso o conselho administrativo vai ser ampliando’.
Brazilian Day Boston
– Festival da Independência
‘O
festival tem uma comissão organizadora que todo ano muda. O GMB e o mentor do
Brazilian Day Boston, mas tem uma comissão organizadora que autônoma para tomar
decisões. Nos hoje não estamos preocupados com o numero de pessoas no evento,
mas sim com a qualidade do mesmo’.
‘O consulado ajudou, e é o nosso parceiro no Festival
do Brasil há 17 anos, porém nos últimos 3 anos é que contribuiu com ajuda
financeira, além da ajuda moral. Em 2012 contribuiu com $7,000.00 dólares e no
ano de 2013 com $3.000.00 dólares. Na verdade este é um dinheiro do Governo Brasileiro
repassado pelo consulado para o Festival da Independência em Boston’.
‘Nós
sempre conseguimos fazer o festival brasileiro com a ajuda dos patrocinadores privados.
Este é ume é um evento muito caro’.
Diga uma das suas
muitas realizações pessoais no Grupo
‘O que
mais me emociona é a comunidade brasileira, eu nunca penso em algo que eu fiz,
eu não fiz nada o Grupo fez tudo, ninguém faz nada sozinho. Contudo eu acho que
o Grupo existir por 18 anos quase 19 anos praticamente sem verbas, por que nos
passamos no mínimo 7 a 10 anos sem verba alguma, tudo que fazíamos era sem
dinheiro completamente, nos vendíamos salgadinho que dona Hercília fazia. Ela
foi uma das fundadoras do Grupo e mãe da Regina Bertoldo, nos ganhávamos $30,
$40 dólares com eles e pagávamos uma babá para cuidar das nossas crianças e
assim fazermos nossa reunião do Grupo. Isso me deixou realizada, a luta difícil
para ficar a base do Grupo. A gente só começou a ganhar dinheiro, na verdade a
primeira grande verba que nos ganhamos foi esta da Tufts que nos permitiu criar
a Cooperativa. Quando a gente percebeu que tínhamos que sair de Somerville em
2001, por que as coisas começaram a apertar muito, foi quando nos aproximamos
do MAPAS e fomos recebidos de braços abertos por eles (Paulo Pinto). Ai naquele
momento nós percebemos que precisávamos ser uma ONG não beneficente, e que a
gente precisava de um status para ganhar verba, e isso começou em 16 de junho
2003, quando nos foi dado o certificado ao Grupo de não beneficente. E lá se
vão 11 anos, desde então. A partir daí começamos a nos inscrever para receber os
Grant’s’.
Funcionários
assalariados do GMB
‘Nós
todas passamos muitos anos trabalhando sem ganhar dinheiro, por que não tinha
dinheiro’.
O Grupo
hoje um quadro de 5 funcionárias, ‘part time’ assalariadas. Em maio de 2013
pela primeira vez na história do Grupo nos fomos capaz de dar um aumento para as
funcionárias e aumentar minhas horas de trabalho no GMB de 20 para 35hs/semanais.
Hoje nos temos:
·
Uma Coordenadora da Cooperativa
·
Uma Diretora Executiva
·
Uma Responsável pela comunicação, web, etc.
·
Uma Coordenadora do Festival
·
Uma pessoa responsável pelo Direito Trabalhista
Serviços
‘O grupo
nunca cobrou nenhum serviço para comunidade’.
‘Mas
agora estamos começando a cobrar, por 18 anos nunca cobramos absolutamente nada’
‘Vamos
começar a cobrar $25.00 para preencher a documentação para legalizar estudantes’.
‘Nos já
ajudamos mais de 200 estudantes e nenhum pagou um centavo, mas agora vamos
cobrar’.
‘Para
você ser sócio do Grupo nós cobramos $25.00 por ano, porém, nada disto a pessoa
é obrigada a pagar para ter ajuda, se ela busca nossa ajuda e não pode pagar
nos ajudamos de graça’.
‘O curso
de inglês que tem como professora uma voluntaria que é uma aluna da Harvard, nós
cobramos $20.00 pelo curso todo, ou seja, 3 meses de classes, uma vez por
semana com 2hs30min de aula, nas sextas feiras à noite’.
Cobrar por quê?
‘Primeiro;
por que precisamos de dinheiro, nosso orçamento e muito baixo’.
‘Segundo;
por que as fundações que oferecem Grant’s querem ver uma contra partida da
comunidade’.
‘Elas dão
dinheiro, mas querem saber se a população que a gente serve dá também, elas não
querem doarem tudo’.
‘O GMB
não e bom para ganhar dinheiro, nós precisamos de um evento para ganhar
dinheiro, como um jantar que todo mundo faz, o que nos falta e pessoal para
trabalhar em todas as frentes, estamos carente neste sentido’.
Clinicas de advogados
‘É de
graça, e o objetivo não e conseguir clientes para o advogado, e sim de a pessoa
tirar alguma duvida, as pessoas que procuram estas clinicas tem duvidas, e é
para isso que elas servem’.
‘Contudo
se a pessoa sentir que precisa abrir um caso na corte, ela pode sim contratar um
advogado, mas ai vai ser lá no escritório do advogado, e claro ele vai cobrar
pelo serviço e nos não temos nada haver com isso’.
Passeatas
‘Eu adoro
passeatas, acredito nelas, e acho um meio democrático de buscar direitos e
conquistas sociais. Eu acho que os brasileiros vão a passeatas e são
participativos. Apesar de o numero ainda ser muito pequeno de brasileiros participativos,
mas isso não e uma coisa nova. E muito difícil para se descobrir por que as
pessoas não vão às passeatas. Eu acredito que existem muitas razões para isso;
alguns têm medo, tem o trabalho, tem o dinheiro na frente, tem a necessidade, e
por ai vai. O melhor negócio e trabalhar com quem vai às passeatas não com
aqueles que não vão. Quem sabe o resto vendo a participação de outros não sentem
um necessidade social e começam a participar também, sei que o numero de
brasileiros em passeatas é pequeno, mas só podemos mudar isso com muito
trabalho e consciência social. Eu acho que não é produtivo dizer que os
brasileiros não participam de passeatas. Nos só queremos ao nosso lado aqueles
que estão dispostos a oferecer alguma coisa, a lutar com a gente por melhorias
para nossa comunidade, estes é que nós estamos buscando. Outro dia uma pessoa
me ouviu no rádio no programa que temos todos os sábados, e ele ligou para o Grupo
na segunda-feira e seguinte e disse assim: ‘Eu vou fazer uma doação para você quais
os dados da sua conta bancária, quero doar para o trabalho do Grupo por que eu
acho este trabalho fantástico’, e este espírito que estamos buscando na
comunidade’.
Reforma Imigratória
‘Eu acho
que esta reforma não vai sair se nós não lutarmos. Eu não sei se sai reforma
este ano, é um ponto de interrogação para mim. A certeza não existe mais, agora
esta na mão do presidente, por que se os republicanos fizerem isso com certeza
à lei não vai ser do agrado dos imigrantes. A lei proposta por eles é péssima
para os imigrantes. Tem algumas coisas boas, mas no geral é péssima. Agora os
imigrantes que não documentos que tentam sobreviver todo dia na ilegalidade,
qualquer coisa que você oferecer para eles é lucro. Por exemplo; Uma carteira falsa
que o governo dar e falar assim: Olha aqui, a gente sabe que esta carteira é falsa
e você pode levar. Eles vão querer por que eles estão desesperados e eu entendo
isso, isso não é ideal, mas eles vão querer. Nós apoiamos a comunidade, eu
acredito que a coisa toda esta nas mãos do Obama’.
Deval Patrick –
Carteira de Motorista em Massachusetts
- ‘Eu o admiro e gosto dele, ele me chama
pelo nome, conhece o nosso trabalho no Grupo’.
‘Eu o
admiro e gosto dele, ele me chama pelo nome, conhece o nosso trabalho no Grupo.
Eu acho que a carteira de motorista tem uma grande possibilidade de passar aqui
em Massachusetts. Eu tenho grandes esperanças que este ano nós vamos ter ganhos
desta natureza aqui em MA, entre outras coisas a carta de direito das
trabalhadoras domesticas, etc. Nós precisamos disto, destas leis estaduais que
favorecem o ilegal, independente da reforma imigratória sair ou não e as
pessoas precisam entender isso, por que se sair uma lei de imigração, muitas
pessoas não vão ser beneficiadas e estas leis estaduais vão proteger estas
pessoas que não se beneficiarem com a lei federal. A luta tem que ser em duas
frentes’.
O que tem a dizer
para comunidade
‘Trabalhar
com a comunidade é como uma galinha que cata um milho aqui outro lá, como as
abelhas que trabalham durante o verão para poder chegar no inverno e ter
alimento e assim vai. Eu quero dizer para comunidade que ela precisar como um
todo se envolver bastante, ela já se envolve muito, mas tem que se envolver
mais, em causas sociais, nas lutas por mais direitos, etc. Para alcançarmos
aquilo que nos desejamos seja o que for, só assim e que vamos acumular
vitórias, que beneficiam a todos’.
Desabafo
Eu tenho
momentos que me dá vontade de dizer assim: ‘Não faço mais, acabou vou embora eu
vou viver a minha vida com meus filhos, com meus netos’. ‘Trabalho aqui no
Grupo às vezes nos feriados e às vezes digo para mim mesma, hoje ta um dia tão
lindo eu não quero estar aqui trabalhando quero estar lá fora, como todo mundo.
Mas eu faço ioga há muitos anos e minha professora sempre diz um ditado que me
conforta: ‘Não é resultado que interessa é o processo’.
Imprensa Brasileira
local
‘Eu acho
que imprensa tem um papel importante, e acho muito bom que a gente tenha uma.
Por que nós ou nenhuma organização existe sem a imprensa. Nós não conseguimos
chegar à comunidade, só atingimos 1% da comunidade, o nosso trabalho que
fazemos precisa ser difundido nos quatros cantos da comunidade, se a gente não
trabalhar com a imprensa e com as lideranças religiosas, isso não acontece.
Precisamos dela, ela é a grande voz da comunidade. A imprensa é importantíssima
como fonte de informação e de conscientização. Eu só tenho agradecer, pois toda
vez que eu peço o apoio da imprensa sou correspondida. Na nossa comunidade 90%
da população lê os jornais locais, eu estou falando especificamente da imprensa
brasileira comunitária local, só por ai da para ver o papel dela no nosso contexto
comunitário local. Nossa comunidade não lê o Boston Globo, ou qualquer outro
jornal americano, e isso é um fato’.
HBN – Paulo Monauer
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