Vou começar dizendo que não usei uma palavra do inglês por falta de uma no meu querido português. É que fui assistir ao filme “The Avengers” na semana passada, e não pude deixar de pensar na falta que eu senti do Nacional Kid, junto daquele grupo de super-heróis. É bem verdade que não acho que o meu adorado super-herói iria querer ajudar a salvar a população do mundo (aliás o “mundo” no filme parece se resumir a NYC, mas filme feito em Hollywood tem destas coisas mesmo, né?). Como o Nacional Kid nunca fez sucesso nos Estados Unidos e nem em nenhum outro lugar do mundo além do Brasil, acho que se o tivessem convidado para o filme, ele teria dito não.
Na minha infância lá
no Brasil, eu não lia estória de quadrinhos com super-heróis; portanto, só
lembro daqueles que passavam na televisão. Lembro que nunca fui com a cara do Superman;
o Batman me parecia muito problemático emocionalmente, sempre precisando
do pequeno Robin; o Thor eu achava bonito porque ele é loiro (uma dessas
coisas absurdas que a cultura e a mídia põem na cabeça da gente, mas enfim…), o
Zorro era tudo de bom pra mim, bonito e politizado, sempre lutando
contra a tirania política e do lado dos oprimidos. Mas eu adorava mesmo era o
japonês baixinho, com aquela pose de super-homem japonês sempre salvando as
criancinhas. Agora, o curioso é que quando pensei na palavra super-herói, só me
vieram à mente os estrangeiros. Deve ser porque nunca fui chegada a quadrinhos,
a não ser os da turma da Mônica, da Bolota, e da minha grande super-heroína, a
Magali, que comia uma melancia inteira e era pequenininha como eu. Para mim,
não há sombra de dúvida de que uma cultura que tem tantos super-heróis, deve
realmente precisar deles. Seja porque estão sempre sendo atacados, seja por
patriotismo exarcebado (existe isto, não?). Não dá para negar, por outro lado,
que a idéia de seres humanos que podem voar é mágica tanto em nossa infância
como na vida de adultos. Diante de tantos super-heróis norteamericanos, vou ao
“mestre google” e acho os “avengers” brasileiros e encontro: O Gralha, Necronauta, Raio Negro, Quebra-queixo, e
os dos programas infantis Capitão AZA e Capitão Furacão ( aos
quais nunca assiti, pra ser sincera). As perguntas que ficam no ar são: Que cidade
representaria o “mundo” num filme de super-heróis brasileiros? E, será que se
eles tivessem sido convidados, teriam aceitado o convite para ajudar aos
super-heróis do filme Avengers a salvar NYC? Eu acho que sim, porque nós
somos um povo muito gente fina.
Até a semana que vem,
se Deus quiser.
HBN – Coluna – Eliani Benaion
Basile
Contato: elenaion@bentley.edu
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– Hello Brazil News
Hello Brazil News –
Edição 50 - 05/15/2012 – Publicado na
Página 18
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