Quem pode corrigir e coibir estes abusos depois de cometidos arbitrariamente pela mídia
Nosso mundo da mídia comunitária entre os brasileiros
nos EUA e muito pequeno, muito menor ainda é o mundo da nossa mídia comunitária
de Massachusetts. Lembro que quando comecei a trabalhar na mídia comunitária em
Boston, nos Jornais Metropolitan e A Notícia em 2002, na cidade de Peabody, o
que os profissionais mais buscavam de todas as mídias brasileiras de Boston era
uma noticia bombástica por semana. O objetivo dos trabalhadores de imprensa,
repórteres e editores, na época era ganhar notoriedade na mídia a qualquer
custo, e abrir espaços na mídia americana e brasileira do Brasil.
Na verdade tinham um sonho de serem eternos provedores de noticias. Os
temas que mais davam ibope para eles eram; morte de brasileiros, roubos e
afins. Descobriam uma desgraça e ficavam radiantes, e sonhavam passar a
informação para os jornais no Brasil ou dar as informações para os jornais
locais americanos, o objetivo maior era se auto promover, sob a fachada de uma
mídia seria e honesta, que na verdade não queria nem saber se iriam afundar
seus compatriotas, suas origens locais, o que contava para eles era tornar-se
conhecido e ganhar fama.
Esta ambição, dos repórteres e editores no passado,
até que eram justas, contudo trouxeram vários atropelos, erros e maledicências
sobre muitos membros da comunidade. Fui testemunha de vários destes atropelos:
Teve uma manchete de um garoto brasileiro que foi
acusado de ladrão, na verdade publicaram a foto do garoto na capa com letras garrafais
dizendo que ele roubou uma locadora de carros em Peabody. Duas semanas depois a
policia de Peabody deu a informação oficial que não foi o garoto que roubou a
locadora. O jornal circulou por todos os lugares, a mãe do garoto quase morreu
em Minas quando viu a foto do filho na capa do jornal, como ladrão. Como devolver
a dignidade a este garoto e a família? Não tem como. Nenhum dinheiro do mundo
paga tamanha difamação. A coisa ficou por isso mesmo e garoto voltou para o
Brasil assustado com o que passou, nas mãos da mídia local.
Olha esta aqui: Em 2011 teve uma tragédia envolvendo a
morte da brasileira Adriana Paula da Silva, 39 anos, em Framingham, também
muito conhecida na cidade. Ela morreu em casa após cair na banheira enquanto
tomava banho, contudo ela tinha feito um implante de silicone nos seios com o Dr.
Sharma que é conhecidíssimo na cidade. A mídia escrita e os profissionais de
alugueis de horários em rádios, etc., esquartejaram o Dr. Sharma, o acusaram de
tudo o que podiam e do que não podiam, menos de inocente, diziam que foi a
cirurgia plástica feita por ele a causa da morte de Adriana, tudo sem um
resultado da causa da morte, no caso a autópsia oficial. Durante as acusações
era visível uma vibração de todos da mídia, torcendo para que a autopsia
pudesse comprometer o Dr. Sharma e ratificar o que eles na mídia davam como
certo, pois já tinham acabado com ele na mídia. Foi um escândalo, saiu até na
mídia brasileira do Brasil. Depois de trucidarem o Dr. veio a autópsia. Veredicto
ou autopsia; A morte dela não tinha nada haver com a clínica do Dr. Sharma. Como
estes personagens da mídia repuseram a dignidade, a credibilidade, para não
falar no dinheiro perdido por este médico. Com direito de resposta? Não seria
mais justo esperar a justiça condenar o médico para depois a mídia condená-lo?
Não é assim que tem que ser? Não com nossa mídia comunitária local, ela
primeiro julga e condena. Logo e desmascarada tenta jogar a desculpa para outro
e segue o barco como se nada tivesse acontecido. O Dr. Sharma sempre foi um inocente
neste caso. Se alguém divida pergunte a policia ou as autoridades locais. Mesmo
assim ele manteve a sua dignidade e emprega inúmeros brasileiros na sua clínica
até hoje, mas deu um bay, bay para a mídia local brasileira.
Outro caso mais recente que tivemos foi um brasileiro
chamado Gilson que nem vive mais m Boston, e foi acusado pela mídia escrita e
por alguns profissionais que alugam horários em rádios de ladrão, de ter
roubado dinheiro do pai do Felipe, o garotinho que fez o transplante na semana
passada e que é bem conhecido na comunidade. Gilson saiu na capa dos jornais
que o acusavam de ser um ladrão. Um radialista aos gritos, no ar, proferiu
ofensas enormes a este brasileiro, o chamando de tudo que se pode imaginar no
ar, inflamando a comunidade contra o Gilson. Tudo sem ter uma ocorrência
policial que comprovasse que ele estava sendo procurado pela policia como
ladrão. O pior, o pai do Felipe, do garoto, disse e afirmou por e-mail que ele
(Gilson) nunca roubou nada dele, muito menos o Felipe. Mas a noticia já estava
sendo difundida há duas semanas, e a imagem do brasileiro que hoje esta no
Brasil, foi desgraçada por este povo. Como a impressa agiu depois disto? Não
fez nada, e continua como se nada daquilo fosse com ela, o que ela disse ou
escreveu continua nos arquivos até hoje. As desculpas mínimas nunca foram
postadas ou escritas.
O caso mais recente e grave no momento é a morte do
Pastor Júlio Neris, que se deu em um hospital de Quincy. Ele era muito
carismático e bem conhecido na comunidade, morreu no dia 28 de setembro. A
mídia comunitária mais uma vez, levantou uma suspeita maliciosa, intempestiva,
leviana ao querer dar a informação da causa da morte do Pastor, sem um atestado
de óbito oficial do estado de MA, ao publicar que havia uma suspeita familiar
que ele havia morrido por ingerir alimento estragado (picanha) em um
restaurante brasileiro de Framingham, no dia 7 de setembro, quase 3 semanas
antes da sua morte.
Este foi mais um erro grotesco da mídia que se diz do bem, ao publicar
levianamente, intempestivamente, com total falta de profissionalismo e
responsabilidade, um boato, com conseqüências enormes, e tudo foi feito sem uma
prova.
Os prejuízos da leviandade da mídia que propagou tal
fato foram tantos, que mais de 20 pessoas que trabalham neste restaurante
ficaram em estado de choque. O cozinheiro chorou, varias vezes, incomodado com
as denuncias falsas. Ficou emocionalmente abalado e se sentiu desprestigiado.
Todas que trabalham neste restaurante são brasileiros e muitos deles são
cabeças de famílias que sustentam, as suas esposas os filhos e outros membros da
família no Brasil. O dono do restaurante entrou em depressão, pois não
acreditava no que a mídia estava fazendo com ele. Mesmo que as tais mídias não tenham
divulgado o nome do restaurante todos sabiam onde o Pastor Júlio ia comer
sempre, onde ele gostava de ir. Logo a dedução do local foi fácil.
Pois bem, o atestado de óbito do Pastor Júlio Neris saiu.
As autoridades americanas confirmaram que o Pastor, NÃO MORREU POR INGERIR
ALIMENTOS ESTRAGADOS. A causa da morte passou longe disto. Entretanto a mesma
autoridade do estado de MA, disse que só quem pode revelar a causa da morte do Pastor
são seus familiares, e se o assim eles o desejarem, contudo mais uma vez a
autoridade reafirmou, a causa da morte NÃO foi por ingerir alimentos estragados.
E agora? Mais uma vez, como esta mídia pode repor o
prejuízo aos funcionários, aos donos do restaurante, ao faturamento do mesmo, a
credibilidade de todos que foi arranhada? Como? Dando o direito de resposta?
Que absurdo. Leviandade, falta de profissionalismo, falta do compromisso com a
verdade, falta de respeito com ouvinte com leitor, com a comunidade, não se
compensa com um simples direito de resposta.
O restaurante jamais poderia ter sido envolvido neste caso. Uma justa homenagem
ao Pastor neste caso seria esta mídia antiga e torta convocar toda a comunidade
que o conhecia a ir comer onde ele sempre adorou se alimentar, no restaurante
que a mídia tentou condenar erroneamente sem nenhuma prova.
Será que agora aprenderam a lição, afinal somos todos
veteranos na mídia comunitária, ninguém é melhor do que ninguém, mas estes
erros infantis na mídia são contumazes dos mesmos mentores de outros erros do
passado. Eles denigrem a imagem da imprensa e colocam a credibilidade da mídia
local como um todo em baixa, afinal somos todos afetados. Quando que este
pessoal vai ter uma postura profissional digna e imparcial no mercado. O bom é
que o leitor já identificou estes joios e os anunciantes também, por mais que
eles tentam se misturar no meio dos trigos e não conseguem, são muito visíveis
para a nossa sociedade como um todo.
HBN –
Paulo Monauer
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