Tobin Bridge Boston - Foto Paulo Monauer
Larissa Gomes, repórter do BT parou de escrever notícias
para a nossa comunidade. Virou notícia. Suicidou-se dizem as testemunhas. Parou
seu carro no alto da grande e linda ponte verde de ferro de Boston e sem pensar
duas vezes subiu no alambrado e se jogou dela. Foi seu último salto em vida. Foi
depressão dizem os amigos, a causa da morte. Larissa não foi a primeira e nem será
a última a escolher a Tobin Bridge para cometer seu último ato em vida. A ponte
é super segura na questão de proteção ao motorista. Eu já fui vítima de um
acidente automobilístico bem no meio da ponte. Há uns 8 anos atrás eu tinha uma
Bleser Chevy preta, lembro-me bem como se fosse hoje estava nevando e chovendo
ao mesmo tempo, estava indo para o meu trabalho, do nada, fechei os olhos de
casado e quando abri novamente estava derrapando no gelo e bati fortemente em
um lado da ponte e meu carro foi jogado para outro lado atravessando as 3
pistas, onde bati também, perdi a roda traseira e fui parar novamente no meio
da pista. Foram uns 15 segundos, e estes os mais longos de minha vida, pensei
que iria cair no mar, daquela altura, pensei que iria morrer e não queria isso,
mas não, o carro parou no meio da pista e por sorte os carros que vinham atrás
não me bateram. Não sofri nenhum arranhão. A Blaser o seguro deu perda total,
eu sai traumatizado, pois além de derrapar tinha dormido na direção. Aquela
piscadinha do cansaço e a força para ficar com os olhos abertos quase tiraram a
minha vida. Sobrevivi e estou aqui para contar a minha a história. Larissa foi
diferente, estava decidida, e abriu mão de ter 15 segundos para refletir,
desceu do carro, subiu e se jogou. Não teve tempo para voltar e contar a sua
história, para refletir o que havia acontecido. Como já disse anteriormente a
ponte é segura demais para um motorista, mas insegura demais para quem está
deprimido e decido a acabar com a sua dor interior, dando um fim a sua vida.
Será que não está na hora das autoridades colocarem uma grade ao longo da ponte
no alambrado para dificultar atos como o da Larissa? Quem sabe se ela não
tivesse conseguido pular, não estaria de bem com a vida. Será que não foi só um
impulso do momento? Nós temos tempo para pensar a vida, mas a Larissa não mais.
Uma grade no local pode salvar muitas vidas, fica a dica.
Boa semana!Paulo Monauer
HBN – Notícias
Publicado na Edição 43 – 03/27/2012 – Página 2 – www.hellobrazilnews.comSiga-nos no Facebook – Hello Brazil News
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