O que é visível aos olhos, não se pode negar. Ser oposição por somente ser oposição não
funciona. A nova embaixadora Gilvânia de
Oliveira teve um inicio conturbado na sua gestão Boston, até por que então não
se sabia qual sua postura na direção da casa consular em Boston. Houve
reclamações e pedidos de demissões de muitos funcionários administrativos
locais, que não suportaram seus comandos. Bem ou mal no decorrer da sua gestão
até aqui (+ ou – 18 meses) teve erros e acertos, e também correções de erros, o
que agilizou o equilíbrio de suas atitudes, hoje aparentemente tem mais acertos
do que erros. No início tudo parecia muito difícil, as dependências do
consulado, na parte aberta ao publico, era uma zorra, a coisa foi corrigida. Os
despachantes perderam espaços para ONGs, houve um grito geral por parte dos
despachantes, que mais tarde se adaptaram as novas regras. Os agendamentos
foram manipulados no inicio da sua gestão, hoje a coisa esta mais calma. Suas
reuniões com grupinhos aqui outros ali, de alguma forma tem funcionado até
então. Ela definitivamente tem um marco histórico e que merece o reconhecimento
da comunidade; ela é a primeira embaixadora de Boston, que literalmente anda no
meio da comunidade. Em uma linguagem mais popular, poderíamos dizer que ela sai
do seu escritório e anda no meio de atividades da comunidade sem cerimônia e
isso ela fez muito bem como ninguém. A
nova embaixadora, agora não tão mais nova assim na função, tem acertado muito,
e merece os parabéns por isso. Repetindo, hoje podemos dizer tem mais acertos
do que erros. Por outro lado tem ainda
algumas coisinhas fáceis de resolver para melhorar ainda mais sua gestão, sua
performance em Boston. Uma coisa esta esquecida e falta tornar mais transparentes
a ação humanitária e social como, por exemplo; Qual o número total de presos
criminais e de imigração na sua jurisdição. Falta informar quais os presídios
visitados e com qual frequência, sem manipular dados. Quantos homens e mulheres
estão presos. Quais os estados visitados pelos agentes consulares, quais os
presídios, etc.. Qual o numero total de deportados mês a mês, e como vão os
casos crônicos que ninguém quer falar como o caso, do Antonio de Oliveira
Dadalto Jr. que mesmo depois de ter cumprido a sua pena de 12 anos em cárcere
privado, ou seja, já pagou pelo seu crime com a sociedade, porém 9 anos depois,
hoje maio de 2016, ainda continua preso, sem perspectiva de ser solto (ele é
brasileiro e a diplomacia brasileira não consegue enviar ele de volta ao
Brasil), hoje por conta de tudo isso Dadalto já não está nas suas melhores
condições mentais, mas isso não justifica mate-lo preso, uma vez que foi o
sistema prisional daqui de MA que o deixou neste estado. Podemos citar também o
caso de Marcelo Gonçalves Mota que ficou 7 anos preso em NJ acusado de estupros,
diziam ser ele um homem perigoso, foi a julgamento e foi inocentado de todas as
acusações, o homem não era culpado de nenhum estupro, porem ao ser solto em NJ
foi entregue na bandeja para a policia de MA, e o estado aqui o acusa de
estupro também. Como esta o caso deste rapaz e como esta assistência do
consulado a este rapaz e sua família no Brasil. O Consulado tem o dever de
cuidar dos brasileiros, legais, ilegais ou aqueles acusados de crime ou que foram
condenados por crimes no exterior, esta é uma função do consulado, e que
ninguém mais cobra, será por quê? E o consulado não faz questão de falar dos
presos, mas deve. Mas em suma, apesar dos pesares o consulado tem mostrado progresso
e isso é inegável.
Boa semana!
Paulo Monauer
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