No meu ponto
de vista existem alguns ‘hiatos’ referentes aos seus membros, em todas as
igrejas em geral sem exceção. Uns dos mais gritantes são de pessoas divorciadas
ou separadas, falo de jovens senhoras, principalmente na faixa dos 35 anos para
cima e o mesmo acontece com os homens nesta situação. Literalmente quando uma
separação acontece dentro de uma igreja, marido ou esposa, um dos dois ou os
dois estão frequentando alguma igreja, ou na hipótese de alguém separado (a) ou
divorciado (a) começar a frequentar alguma nova denominação religiosa, agregado
a isso, com uma idade razoável ou não, prontos para uma nova vida, entram em
conflito emocional ou de aceitação dentro das igrejas, por parte dos seus
membros mais tradicionais e inúmeras vezes por parte dos líderes das igrejas.
Primeiro vem
muitas pessoas da congregação se apresentar, em fim, uma ótima recepção para o
novo ‘converso’ ou ‘conversa’, uma calorosa recepção. Logo ali na frente começam os problemas,
normalmente nas igrejas falam muito de ‘famílias completas’, logo o novo
converso (a) começa a se sentir deslocado, pois acabou ou já algum tempo desconstituiu
a sua. Dentro do processo de aproximação ao novo membro ou visitante o líder da
igreja ou seus membros, começam a ofertar um companheiro ou uma companheira da
igreja veladamente ou abertamente na mesma situação para quem sabe o ‘novo
membro (a)’ comece um novo relacionamento.
Tem certas
coisas que não funcionam desta forma. Às vezes alguém nesta situação só esta
tentando buscar um suporte dentro da sua fé em Deus naquele momento de
transição da sua vida e caiu de bandeja na ‘sua igreja’. Muitas vezes alguém mal
saiu de relacionamento e já querem empurrar para outro companheiro (a). Muita
gente precisa de tempo para amadurecer a idéia de ter outro alguém. É isso é importante nesta nova fase, nesta
nova descoberta do equilíbrio pessoal, o novo eixo, depois do fim de um
relacionamento. Partir para uma nova relação sem um espaço de tempo razoável, e
em um estado total de carência e auto-afirmação, pode ser uma gelada. Apesar de
existir pessoas nesta situação que são muito bem resolvidas e não se deixam
levar por estes ou aqueles. Porém nem todo tem a mesma força e lá vem o líder e
as beatas das igrejas darem conselhos; ‘Não é bom que homem esteja só’. No sentido figurativo nem o homem nem a
mulher. E começa ai uma pressão em busca de alguém para aquela pessoa.
Por que
isso? Na verdade não necessariamente, mas às vezes acontece de o homem
divorciado ou a mulher, serem de alguma forma atrativos, ou pela beleza física,
ou pela simpatia, ou pelo sucesso financeiro, ou por seu talento, ou por sua
eloquência, ou pelo ótimo conteúdo de comunicação ou até mesmo por muitos
outros motivos que desconhecemos, porém dentro de algumas igrejas na verdade
ele ou ela se tornam um risco para outros casais não tão estáveis, ou estáveis,
afinal estão solteiros e em alguns lugares onde se cultuam a Deus, podem serem vistos,
ou interpretados como uma certa tentação dentro da crença para outras pessoas.
Por isso achar um companheiro para estas pessoas nesta nova situação de
‘avulsas’ é uma prioridade.
Existe em
alguns casos uma razão em especial de alguns líderes religiosos não serem muito
adeptos de congregarem na ‘sua igreja’, principalmente mulheres divorciadas ou
separadas, pois algumas delas, em alguns casos especiais precisam de ajuda financeira
da igreja, para suprir suas necessidades básicas nesta nova jornada. Ai ela
passa ser um problema, porque ao invés de ser uma fonte de renda, passa ser uma
despesa, sem previsão de retorno garantido. Isso é mais raro de acontecer, mas
acontece.
Por outro
lado normalmente uma atividade recreativa da igreja, normalmente é feita para
crianças, jovens, jovens solteiros ou para casais. Os que se encontram no meio
destes dois parâmetros, jovens solteiros e casais, ficam totalmente fora de
esquadro em ambas às atividades recreativas. Tem algumas igrejas que tem
escolas dominicais e fazem divisão de classes, lá volta à situação novamente,
onde vão ficar os divorciados? O normal é agregá-los na classe de jovens
adultos solteiros. Será que agregar gente de 18 a 60 anos em uma classe de
adultos solteiros com esta elasticidade de idade tão grande ‘tem liga’, tem acomodações
para todos se sentirem confortáveis a participar? Apesar de tudo, tem algumas igrejas
que já buscaram ou buscam uma solução para isso e tentam administrar esta
situação com maestria, mas são pouquíssimas.
Sem falar
que quem mais sofre com tudo isso é as mulheres, pois normalmente carregam os
filhos em uma separação. Para elas, o tempo fica limitado e não têm tanta
liberdade como os pais divorciados.
Tem
famílias, ou melhor, esposas e esposos que seguram, arrastam por anos um
relacionamento péssimo dentro de casa, por causa dos filhos, dos amigos, dos
familiares, da igreja e também por medo de enfrentarem uma nova vida, afinal o
desconhecido representa um novo começo, uma nova vida sem aquele ‘suposto’
esteio de ter alguém ao seu lado.
Literalmente o medo da solidão, dos desafios, e aonde vão encontrar o
suporte para acabar com seu sofrimento daquela relação doentia em que vive, ás
vezes apavora muitos. Porém, pessoas religiosas ou influentes dentro de igrejas,
tentam fazer com que seus fieis segurem seus relacionamentos depressivos e
doentio, alegando que as famílias não devem ser quebradas, ao invés disto, não respeitam
a decisão de quem esta insatisfeito (a) e dão suporte para ele ou ela. Vale à
pena repensar o que significa ‘famílias completas’, quem sabe se pode tratar um
ou mais indivíduos (com ou sem parceiro) como uma família completa, por que
não?
No mundo
moderno, principalmente para aqueles que vivem aqui nos EUA, esta liberdade de
uma união enferma e submissa tanto para o homem como para mulher reprimida há
anos, é muito mais fácil de acontecer. Aqui em qualquer idade se tem trabalho
digno, aqui a força para conquistar o seu lugar no espaço é mais fácil e se tem
mais oportunidades, independe de quem seja: marido ou esposa, financeiramente
falando, logo tem um agravante, têm muito mais brasileiros divorciados ou
separados por aqui do se pensa e o numero só aumenta a cada semana.
Onde estão
estas pessoas? Umas vão em busca de uma liberdade refreada por anos a fio e
caem na gandaia geral e querem viver o que ‘nunca’ viveram antes. Outras buscam
suporte e força nos filhos, outras buscam nos familiares e amigos, outros
buscam socorro nas igrejas, no seu relacionamento com Deus, ou muitas vezes dentro
delas mesmas.
Caráter,
dignidade, honestidade, responsabilidade familiar, conceitos morais e pessoais,
responsabilidades financeiras nunca devem mudar com uma separação, seja para
homem ou uma mulher. Porém tem muita gente que joga tudo isso para alto a
partir do momento que a família se dissolve.
Só quem
entende esta dificuldade é quem está passando, ou já passou por ela. Fica um
conselho, se um conselho for possível ou cabível neste contexto; não pressione
um divorciado (a) ou separado (a) para ter um novo relacionamento, ele ou ela
tem feridas e cicatrizes doloridas do relacionamento anterior que com certeza vão
carregar para o resto de suas vidas, e tudo que ele (a) não querem é reviver ou
passar por tudo de novo, logo, sem pressão. Estas pessoas nunca devem
representar um perigo para qualquer congregação. Tenha espaço para elas dentro
da ‘sua igreja’ ou será que poderíamos dizer da ‘Igreja de Deus’, por que nesta,
a ‘Igreja de Deus’, estas pessoas jamais se sentiram descriminadas,
pressionadas, esquecidas ou vista como um perigo, independente da sua situação
civil.
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