Wednesday, March 28, 2018

Quem foram os banidos da Rádio 650AM de Framingham na semana passada?


 Ilma Paixão, era a Administradora Geral da Rádio 650AM.
·        Johazadak Pereira, além de ser uma assessor/conselheiro/homem de confiança de Ilma Paixão, participava da administração da rádio e tinha algumas participações especiais em alguns programas e era o responsável de atualizar o site da rádio com algumas notícias.
·       Niles Lang, advogado e funcionava também como um assessor de luxo de Ilma Paixão, dava suporte jurídico para Ilma.
                Ilma Paixão, além de ser demitida rádio na semana passada, no dia 22 de março, teve uma derrota jurídica de peso. Foi deferido contra ela pelo juiz da corte de Framingham o ‘Harassment Prevention Ordem’.  Ilma foi intimada para comparecer na corte neste dia, mas não compareceu e nem se fez representar por um advogado, logo a audiência ocorreu à revelia de Ilma. Resumindo Ilma está proibida de se aproximar das dependências da Rádio 650 e do seu proprietário Alexander Langer por um período de seis meses, ou seja, até 4 de setembro de 2018. Caso viole o ‘Harassment Prevention Ordem’ a polícia pode ser acionada e Ilma corre o risco de ser presa.

RELEMBRANDO
A demissão
O anúncio foi dado de maneira inesperada nesta segunda-feira, 19, por volta das 11h da manhã.  Alex Langer, dono da rádio, chegou ao prédio acompanhado de uma advogada, que levou a polícia junto para certificar-se que não iria encontrar resistência por parte de Ilma e Jehozadak.  Ao adentrar o prédio, pegou Ilma Paixão de surpresa. Ela estava na sala de reuniões com pessoas ligadas à rádio. Tudo foi muito rápido. De pronto Alex anunciou a demissão de Ilma e do seu fiel escudeiro, o jornalista Jehozadak Pereira. Imediatamente Alex pediu que eles se retirassem do prédio. Ilma e Jehozadak nem tiveram tempo de falar nada, diante do aparato policial e da comitiva de despejo de Alex Langer. Eles foram literalmente despejados do prédio sem muito lero, lero.
A origem da demissão
Há alguns anos, Ilma Paixão assumiu a gerência da Rádio 650AM. Sua posse foi uma festa. Com promessas mirabolantes, assumiu a cadeira de gerente geral da rádio. Ilma começou bem, e foi até motivo de uma matéria de capa do Hello, onde na ocasião prometia ‘mundo e fundos’ na sua administração. Aos poucos Ilma cresceu na comunidade através de seu cargo na rádio. Antes de seu trabalho na rádio, ela atuou em vários campos e lugares como ativista comunitária em MA. Em uma de suas passagens como profissional aconteceu algo não muito agradável. Ela foi presa pela polícia de Framingham quando era gestora da Bramas, uma ONG Comunitária de Framingham. Sob a acusação de desvio de dinheiro na sua administração. O fato lhe rendeu fotos e matérias em inúmeros jornais locais, inclusive no Metro West News, comentando sua prisão. Esse assunto foi arquivado e Ilma se safou. Voltando à 650AM, o motivo de sua demissão na rádio, onde era Gerente Geral, foi por suspeita de má gestão financeira da rádio, e muita incompatibilidade com inúmeros funcionários e radialistas. Ela, inclusive, demitiu algumas pessoas que trabalhavam há anos na rádio, criando um mal estar geral. Porém o fator financeiro pesou mais para a sua demissão. Entre as reclamações, a que não prestava contas ao Alex a respeito do faturamento da rádio, foi vital para a sua queda. Nada de concreto foi revelado ainda. Eles estão apurando dados e é muito cedo para dizer se houve ou não um desvio financeiro, ou se ela estava levando alguma vantagem financeira em troca de algumas regalias para este ou aquele, dentro da rádio. Tudo vai ser revelado ao seu tempo, mas o fato é que Alex deu um basta na sua administração que não estava compatível com o que foi acordado. Jehozadak Perreira, por ser um fiel escudeiro de Ilma e compactuar com ela nas decisões administrativas de peso da rádio, agregado ao fato de que tinha alguns problemas de relacionamento com colegas da rádio, não tinha mais como ser mantido na emissora. Foi despedido junto com sua chefe.

Passando a limpo os advogados que atual na nossa comunidade
·         Esclarecimento sobre o Advogado Niles Lang
                Niles Lang – Advogado - Ele obteve a licença para atuar como advogado há 27 anos no BAR do Estado de New York, em 1990. Ele não tem uma licença para atuar no estado de Massachusetts. Porém usa do ‘jeitinho brasileiro’ ou melhor, o jeitinho americano para burlar legalmente a dificuldade de advogar no Estado de Massachusetts, ou seja, usa a licença de um advogado credenciado em Massachusetts. Ele poderia estudar as leis de Massachusetts e se submeter ao BAR de MA e tirar uma licença em MA para atuar em MA, mas optou por não arriscar e se submeter ao BAR de MA. Optou pelo caminho mais fácil, se encostar na licença de um amigos aqui no estado de MA.  Resumindo usa a licença de terceiros para trabalhar por aqui. Se ele cometer algum deslize de mal prática na profissão aqui em Massachusetts o advogado que aceitou ceder ou emprestou a licença do BAR para ele atuar em MA sofre as consequências.  
·         Alerta para comunidade
                Assim como o Advogado Niles Lang, sem uma licença oficial do BAR do estado de MA para trabalhar na sua profissão, tem muito outros que se encostam em algum amigo local, as vezes, pagam para usar a licença de terceiros aqui MA. Sinceramente comunidade brasileira, se todos nós tivermos um pouquinho de bom senso, saberemos que não existe vantagem nenhuma em usar estes advogados que não tem uma licença oficial de Massachusetts para atuar aqui no estado. Vamos procurar um advogado local, com raízes aqui no estado.
·         Por que os advogados que não tem licenças para atuar em MA vem para cá?
                Aqui tem um grande núcleo de imigrantes, e é onde o dinheiro está para quem atua na área de imigração. Ou seja, estes advogados vem para cá para faturar alto em cima da comunidade, já tivemos alguns casos de advogados que usaram licenças de terceiros para atuar em MA, que foram condenados judicialmente por não darem suporte aos seus clientes. Onde você encontra qualquer informação de qualquer advogado dos USA?  No site https://www.avvo.com/ e lá você pode colocar um comentário sem nenhum risco de represálias sobre a qualidade do serviço do advogado. Se for bom elogie, se for ruim divulgue. 
Classificação de alguns advogados de imigração com licenças aqui no Estado de MA de acordo com o site  https://www.avvo.com/:
Advogado                          Classificação
Michele da Silva              Avvo Rating: 8.7
Antonio Viana                  Avvo Rating: 7.9
Bryan Carr                       Avvo Rating: 7.1
Jill Santiago                     Avvo Rating: 7.0
Javier Pico                       Avvo Rating: 6.8
Stephan E. Bandar           Avvo Rating: 6.7
Michele Moreira             Avvo Rating: 6.7
William Joyce                 Avvo Rating: 6.5
Hannah Krispin              Avvo Rating: 6.3
Danilo Brack                  Avvo Rating: 6.3
Ludovino Gardini           Avvo Rating: ---
Melissa McNamee         Avvo Rating: ---
Melanie Soloman           Avvo Rating: ---
Alguns preços de serviços - Avvo Legal Serviços
30 minutos consulta com advogado: $69.00
Aplicação revisão para cidadania: $149.00
Aplicação para cidadania: $595.00
Aplicação revisão H-1B visa: $199.00
Aplicação para uma família para Green Card: $2,995.00

Wednesday, March 21, 2018

Queda Brusca de Ilma Paixão e Jehozadak Pereira da Rádio 650AM de Framingham



A demissão

O anúncio foi dado de maneira inesperada nesta segunda-feira, 19, por volta das 11h da manhã.  Alex Langer, dono da rádio, chegou ao prédio acompanhado de uma advogada, que levou a polícia junto para certificar-se que não iria encontrar resistência por parte de Ilma e Jehozadak.  Ao adentrar o prédio, pegou Ilma Paixão de surpresa. Ela estava na sala de reuniões com pessoas ligadas à rádio. Tudo foi muito rápido. De pronto Alex anunciou a demissão de Ilma e do seu fiel escudeiro, o jornalista Jehozadak Pereira. Imediatamente Alex pediu que eles se retirassem do prédio. Ilma e Jehozadak nem tiveram tempo de falar nada, diante do aparato policial e da comitiva de despejo de Alex Langer. Eles foram literalmente despejados do prédio sem muito lero, lero.

A origem da demissão

Há alguns anos, Ilma Paixão assumiu a gerência da Rádio 650AM. Sua posse foi uma festa. Com promessas mirabolantes, assumiu a cadeira de gerente geral da rádio. Ilma começou bem, e foi até motivo de uma matéria de capa do Hello, onde na ocasião prometia ‘mundo e fundos’ na sua administração. Aos poucos Ilma cresceu na comunidade através de seu cargo na rádio. Antes de seu trabalho na rádio, ela atuou em vários campos e lugares como ativista comunitária em MA. Em uma de suas passagens como profissional aconteceu algo não muito agradável. Ela foi presa pela polícia de Framingham quando era gestora da Bramas, uma ONG Comunitária de Framingham. Sob a acusação de desvio de dinheiro na sua administração. O fato lhe rendeu fotos e matérias em inúmeros jornais locais, inclusive no Metro West News, comentando sua prisão. Esse assunto foi arquivado e Ilma se safou. Voltando à 650AM, o motivo de sua demissão na rádio, onde era Gerente Geral, foi por suspeita de má gestão financeira da rádio, e muita incompatibilidade com inúmeros funcionários e radialistas. Ela, inclusive, demitiu algumas pessoas que trabalhavam há anos na rádio, criando um mal estar geral. Porém o fator financeiro pesou mais para a sua demissão. Entre as reclamações, a que não prestava contas ao Alex a respeito do faturamento da rádio, foi vital para a sua queda. Nada de concreto foi revelado ainda. Eles estão apurando dados e é muito cedo para dizer se houve ou não um desvio financeiro, ou se ela estava levando alguma vantagem financeira em troca de algumas regalias para este ou aquele, dentro da rádio. Tudo vai ser revelado ao seu tempo, mas o fato é que Alex deu um basta na sua administração que não estava compatível com o que foi acordado. Jehozadak Perreira, por ser um fiel escudeiro de Ilma e compactuar com ela nas decisões administrativas de peso da rádio, agregado ao fato de que tinha alguns problemas de relacionamento com colegas da rádio, não tinha mais como ser mantido na emissora. Foi despedido junto com sua chefe.

Como fica a rádio a partir de agora

A rádio tem uma grade de programação própria, e diga-se de passagem com qualidade. A 650AM aluga espaços em sua programação para radialistas de aluguel, que produzem seus programas. Alguns programas são feitos por profissionais contratados pela rádio em alguns horários. Tudo segue normal, nada muda, e a rádio anda muito bem sozinha em suas transmissões. O time de funcionários continua os mesmos, com exceção de Ilma e Jehozadak que foram sumariamente demitidos.

Quem assume a gerência geral da rádio?

Talles Paulino passa a ser o novo Gerente Geral da Rádio 650AM. Ele é homem de confiança Alex Langer. Talles é mineiro e tem menos de um ano de América e desceu em Boston. Já trabalhou no Brasil como Promotor de Eventos, conhece as técnicas de publicidade e tem experiência no ramo publicitário. Talles também trabalhou na área administrativa da Rádio 650AM, no setor financeiro e como promotor de eventos. Ele foi contratado pela Ilma Paixão para essa função. Trabalhou seis meses na Rádio 650AM e foi demitido pela mesma Ilma. Saiu da Rádio 650AM e foi trabalhar  na Rádio 1260AM de Boston, onde trabalhou cerca de dois meses. Com a decisão do Alex de demitir a Ilma ele foi recontratado para voltar à Rádio 650AM como Gerente Geral. Ele aceitou prontamente o desafio de administrar a Rádio, como novo Gerente Geral.

A posse

Nesta terça-feira, 20 foi feita uma reunião na Rádio 650AM com funcionários, radialistas e amigos da emissora para a apresentação oficial do novo Gerente Geral, e para acalmar os ânimos de todos os funcionários e locutores que alugam espaços na rádio. Foi dito a eles que nada vai mudar no dia a dia da rádio. A nova direção vai manter tudo o que estava sendo feito com alguns ajustes pontuais e bola pra frente.



OBS: A redação do Hello tentou fazer contato com a Ilma Paixão mas não obtivemos retorno até o final desta edição.

       

DESLIGAMENTO da Rede Abr A Brasileira de Rádio
Na manhã desta segunda-feira, 19 de março, fui comunicado do meu desligamento do Langer Broadcasting Group LLC, Rede Abr A Brasileira de Rádio, onde trabalhei como contratado desde março de 2012, foram anos proveitosos para mim. Recentemente solicitei o meu desligamento por duas vezes por vontade própria e não fui atendido. Quero de público agradecer ao Alexander Langer, à Ilma Paixão, ao staff, locutores, funcionários, anunciantes e ouvintes a atenção que me foi dispensada. Continuarei desenvolvendo o meu trabalho de informação comunitária através do blog MundoYes.com, e dos outros canais de informação que disponho.
Desejo ao Langer Broadcasting Group LLC, toda a sorte de bênçãos de Deus.
Jehozadak Pereira
Jornalista

Wednesday, March 7, 2018

Minha infância e adolescência, cheias de memórias e lembranças incríveis.


Crônica

    

                As coisas andaram. O mundo deu uma evoluída fantástica. Olho para esta garotada que está aí e percebo que já virei os 50, mas me remeto aos meus sete anos. Falo dos sete anos por que a partir daí tenho lembranças mais claras do meu passado. A TV lá em casa era preto e branco, mas a primeira TV na minha casa só chegou quando eu tinha nove anos. Antes disso o vizinho tinha comprado uma e eu ia lá assistir com os filhos dele. Naquela época a TV exibia alguns programas que eu adorava: Rin Tin Tin, Os Três Patetas, A Grande Família e por ai vai. Na minha infância não se ficava o tempo inteiro na frente da TV. Tudo tinha um horário determinado até por que o meu lazer preferido quando criança era ‘jogar taco’. Isso sem falar nas bolinhas de gude, futebol, andar de patinete, carrinho de lomba com rolimãs, subir o morro que tinha perto de casa, andar de bicicleta, dentre outras diversões inesquecíveis.

                A nostalgia me leva ao meu passado, que foi simplesmente espetacular. Amo minhas lembranças de criança. Não posso esquecer os meus anos de internato na escola. Isso mesmo. Eu ficava a semana inteira na escola, literalmente internado, e só voltava para casa nos finais de semana. Depois de quatro anos no internato integral da escola, minha mãe me transferiu para outra escola. Passei para o semi-internato, ou seja, eu passava o dia inteiro na escola e só voltava para casa à noite. Essa coisa de ‘internato na escola’, para alguns pode parecer um tipo de prisão, uma coisa apavorante. Quando comento isso, as pessoas não compreendem o valor que tinha e tem hoje em dia um colégio interno. No colégio interno se aprende de tudo, inclusive o convívio sadio entre meninas e meninos. Os colégios internos que frequentei eram mistos; meninos e meninas.

Isso aconteceu no ano de 1967. A concorrência era ferrenha. Conseguir uma vaga em um colégio interno era mais difícil que conseguir passar no vestibular nos dias de hoje. Era uma média de 200 candidatos por vaga. Era também muito caro e parece que continua até hoje. É fácil imaginar por que: cama, mesa, banho, estudos, roupa lavada, atividades, e ficar uma semana inteira na escola saindo só nos finais de semana, definitivamente não era para qualquer um. Custava uma ‘grana preta’ e volto a repetir, custa até hoje, escola de turno integral é algo especial para os pais que querem dar uma educação diferenciada para os seus filhos. Nos dois primeiros dias na escola interna eu chorei, queria voltar para casa. Eu tinha apenas sete anos. Mas tudo se tornou familiar muito rápido. Dividir o dormitório com mais de 100 crianças não era fácil. Porém a privacidade de cada um não era violada. O banheiro era para 30 pessoas. Então ele possuía: 30 chuveiros, 30 pias e 30 vasos, etc.

Era obrigatório ser solidário nesse ambiente coletivo. Fazia parte da educação coisas como: turmas alternadas de crianças para limpar e usar os banheiros e para tomar banho. Ao acordar de manhã todos tinham que arrumar suas camas e ficar ao lado delas para uma supervisão da freira. Tínhamos que ajudar dois garotos dos total de 100 que faziam xixi ou cocô na cama, todos se revezavam nesta função. Escovar os dentes tinha horário. Na verdade tudo tinha horário. Só não tínhamos horário para utilizar os banheiros. Lembro-me com carinho que o colégio tinha uma grande horta. Uma vez por semana nós éramos encarregados de cuidar dela. Ali nós plantávamos mudas e capinávamos os matinhos que cismavam em crescer ao redor das hortaliças. A horta era linda. Colhíamos laranjas do pé, bergamota, pêra, goiaba, dentre outras frutas.

                Volta e meia tínhamos competições com outras escolas, desfiles na rua principal da cidade de Viamão, RS, apresentações, jogos, dentre outras disputas. O prédio do colégio era administrado pelas freiras. É um prédio enorme de três andares e lembra um grande convento. Devia mesmo ser um convento devido ao grande número de freiras vivendo e trabalhando lá. O prédio possuía duas alas: a ala masculina e a feminina. Durante o período de aulas, as refeições e as atividades eram coletivas. Meninas e meninos ficavam juntos, sob o forte controle das freiras. Minhas notas eram muito boas. Não tinha como ser diferente. Era tudo muito organizado. Não tinha outro jeito. Tinha que estudar.

                Todas as roupas de uso pessoal, tais como: cama e banho, etc., eram identificadas com o número 110. Quando precisava de alguma roupa, qualquer que fosse eu me dirigia ao balcão da rouparia dizia o meu número e pegava o que eu precisava. Repetindo, éramos 100 meninos e mais 100 meninas do outro lado. A escola existe até hoje. Não mais em regime de internato. O nome dela é Stella Maris. Ela fica na cidade de Viamão, no Rio Grande do Sul.

                Como já disse anteriormente colégio interno era coisa cara, coisa de gente rica. Minha mãe não tinha como pagar. Eu entrei no colégio Stella Maris com uma bolsa de estudos, mas minha mãe me avisou que se eu ‘rodasse’ algum ano perderia a bolsa, então eu tinha que fazer a minha parte de ter um bom desempenho. Minha mãe gastou uma fortuna para comprar o meu enxoval e coisas para o meu uso pessoal na escola, além de bordar peça por peça com o número 110. O bordado era vermelho. Lembro-me como se fosse hoje.

Eu vivia com minha tia-mãe adotiva. Ela era solteira e era irmã da minha mãe verdadeira. Logo tudo em casa. Ela me criou desde o primeiro ano de vida e me adotou de fato quando eu fiz seis anos. Fizemos um combinado de eu não perder nenhum ano para que o sacrifício dela em me ajudar com aquela educação diferenciada, conseguindo a tão sonhada bolsa, não ser em vão. Eu não queria decepcioná-la.  Eu não tinha o direito de tirar notas ruins, e fiz a minha parte nunca perdi nenhum ano.

                Minhas notas sempre foram ótimas. Ainda guardo os meus boletins do Stella Maris em minha casa aqui em Malden, MA. Minha mãe Dalila era fantástica, guardou tudo que podia e achava relevante da minha infância. Ela me deu minhas memórias destes tempos depois que passei dos 20 anos. Fiquei internado no Colégio Stella Maris do primeiro ao quarto ano primário. Saí então do sistema de internato e passei para o sistema de semi-internato. Nessa época eu passava o dia inteiro na escola e à noite voltava para casa, mas não era mais o colégio Stella Maris, era a Escola São José em Porto Alegre bem no centro da cidade ( sai do interior e fui para capital do estado), que depois de um tempo mudou o nome para Escola Medianeira. Ela também era administrada por freiras e padres. E lá estava eu com a minha bolsa de estudos. Essa escola ficava na Av. Alberto Bins em Porto Alegre, ao lado do Hotel mais luxuoso da cidade à época: o Plaza São Rafael. Um hotel 5 estrelas que está no mesmo endereço e continua funcionando. Àquela época o hotel parecia coisa do outro mundo.

                Minha mãe trabalhava duro. Solteira. Só eu e ela em casa. Ela era vendedora nas famosas Casas Pernambucanas. Tinha um bom salário. Nossa casa era grande e própria. Vivíamos bem. Sou muito grato a ela pela boa educação que me deu. A Dalila, minha mãe adotiva, já não está mais entre nós, mas eu tive tempo de cuti-la muito.  Eu já morava nos Estados Unidos quando ela veio a falecer,  mas eu já possuía o Green Card e tive oportunidade de visitá-la várias vezes no Brasil. Ela morreu com mais de 80 anos. Bem vividos. Tenho muito orgulho dela. Ainda sinto sua falta. Ela sempre foi e ainda é um grande exemplo de vida para mim. Seus ensinamentos andam comigo até hoje. Meus filhos vivem e praticam parte destes ensinamentos que acreditam tenham vindo de mim, mas muita coisa veio dela. Bons tempos!




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