Monday, August 16, 2010

O ‘xixi’ e seus inconvenientes na Bahia!

Nesta semana os políticos da Bahia aprovaram uma lei um tanto quanto estranha para os moradores do estado. Poderia acrescentar o sobressalto da nova lei ao povo brasileiro e sem duvida ao mundo. ‘Quem for pego pela polícia urinando em lugar público vai preso e terá que pagar uma multa para ser solto’. Tal medida foi justificada pelos políticos em razão dos altos custos que os ‘xixis’ dos baianos estão causando as obras públicas. Tem viadutos em algumas cidades que estão tendo suas bases danificadas pelo acido da urina do povo. O conserto e manutenção destes viadutos dizem os políticos vai custar uma fortuna para Estado da Bahia. Agregado a tudo isso vêm também à desculpa de que o povo perdeu a vergonha e urina em qualquer lugar. Igualmente alegam que no carnaval o problema fica mais grave e as cidades em geral viram um grande mictório ao ar livre. A lei parece que tem base pelas alegações dos deputados baianos. A população esta dividida sobre o assunto. Os homens baianos: os maiores ‘mijões’ do Brasil, estão inconformados com a punição, eles alegam não terem como segurar suas necessidades fisiológicas.

Diante dos fatos podemos constatar que na Bahia é onde se concentra a população com a maior incontinência urinária do país, se não for do mundo. O problema não se concentra só nos homens, mas muitas mulheres não têm o menor constrangimento em baixar a calcinha em qualquer lugar e fazer o tão famoso ‘xixi’ ao lado de um murinho ou poste que são os lugares prediletos dos necessitados. Afinal quando se está apertado não existe alternativa, não é verdade? O problema é antigo na Bahia e não começou ontem. Já se arrasta há anos, sem uma solução. Agora com esta medida mais dura e constrangedora para os ‘mijões do asfalto’, viadutos, postes ou murinhos, os políticos tem a esperança que a ação policial coíba que o líquido amarelo expelido pelo corpo dos baianos, causem mau cheiro ou danos às obras das vias urbanas do estado.

Está correto ou errado tomar tal medida? No meu ponto de vista está é uma medida tremendamente errada, autoritária e sem precedentes. Explico por que! Tomemos a capital do estado, Salvador como exemplo que tem uma media de 200 banheiros públicos, lembrando que Salvador tem uma população de mais de 3.800.000 habitantes e muitos destes banheiros estão em péssimo estado de conservação, praticamente sem condições de uso. Esta estatística foi dada pelos próprios políticos que criaram a lei do “xixi-cana”. E óbvio que seria mais viável, à administração pública oferecer mais banheiros a população já que existe está necessidade há anos. Como uma solução definitiva para o problema, eles poderiam ser descartáveis, fixos ou pagos ser for o caso á uma companhia privada para administrar o problema dos baianos, para isso o governo poderia abrir licitações públicas, etc. E independente de qualquer coisa em um primeiro momento fazer uma reforma em caráter de urgência nos banheiros já existentes. É incompreensível ver a população sofrer tal humilhação ao ponto de ser presa. Tudo para ocultar o descaso dos próprios políticos, quem tem dentro de seus gabinetes um banheiro privado com toda a mordomia pago com o dinheiro do povo para fazer seu habitual “xixi”. Antes da lei ser levada a risca já começaram as piadas com o assunto: já existem aqueles que falam que quem realmente vai levar vantagem nesta é os fabricantes de fraldas geriátricas, se a população baiana adotar a medida de sair de casa prevenida para não ser presa e ter que pagar multa.

Paulo Monauer

Wednesday, July 14, 2010

Diplomata também é cara de pau!

Foi só escrever uma materia e provar que nada mudou no consulado de Boston, trazendo a tona o tema de que a diplomacia refloresce com ares de que nada esta acontecendo ou aconteceu dentro daquela repartição publica. Tipo aquela coisa – “O mundo gira em volta do meu ser”. O pior é que tem gente para tudo, inclusive para abrir espaço para estes tipos que vivem em outro planeta e viram as costas para ajudar a comunidade. O que uma passagem de avião com uns 3 dias de estadia paga no Rio de Janeiro não compra com alguns “supostos lideres e guardiões da comunidade”, “os formadores de opinião”, “os vendedores de imagem que tudo vai bem em Sião e Sião prospera”. E tanta cara de pau, que eu nem consigo acreditar. Mas fazer o que! O leitor sabe julgar, não é omisso e sofre na carne cada vez que precisa de um documento no consulado.

Vem ai um novo cônsul, que precisa ser respeitado. Cabe falar e relembrar que o respeito ao próximo termina onde começa o do outro. É uma situação bilateral e precisamos dar um tempo para ele arrumar a casa que esta uma zorra. Apesar de que após 11 meses de espera, a administração anterior (Chefe Mario Saade) não obteve progressos para melhorar o serviço, ou melhor, nada foi feito que alcançasse ou acalmasse o “cliente do consulado” que continua sendo maltratado e mal atendido. Ele é obrigado a entrar em uma fila de espera de 4 meses para obter um documento ou pagar uma taxa extra para os despachantes e o mais grave com eles o tempo de espera é só de duas semanas. O pior e ter que ouvir do Chefe da Casa Consular que a culpa é da comunidade pelo longo tempo de espera.

O novo cônsul chega com alguns desafios que ganhou de graça como herança após mais de 3 anos de uma administração desastrosa do embaixador Mario Saade, são alguns deles:

-Passaportes – após mais de 11 meses de funcionamento do agendamento eletrônico, Boston tem um tempo de espera recorde no mundo diplomático brasileiro, mais de 4 meses.

-Agendamento eletrônico com hora marcada – Nunca funcio¬nou só no e-mail como resposta.

-Ficha por ordem de chegada – Se você tem hora marcada isto é totalmente desnecessário

-Falta de uso do equipamento de trabalho disponível – As maquinas fotográficas nunca foram usadas.

-Não usar como desculpa o prédio - para não acomodar com dignidade a comunidade com cadeiras confortáveis, ar condicionado, água disponível a todos.

-Resolver o problema das carteiras consulares – fazer 5 ou 6 por dia e um absurdo.

- Ter a hombridade de nunca usar como desculpa para justificar problemas administrativos locais alegando que o sistema saiu do ar em Brasília.

- Nunca argumentar falta de dinheiro – O consulado tem um orçamento anual de mais 5 milhões de dólares. Destes mais de 70% e para pagar salários da Chefia Consular.

-Dar uma nova estrutura no site do consulado que é arcaico, sem esquecer-se de manter as datas de atualização do site que Mario Saade nunca colocou.

-Não manter vínculos de privilégios no site, aceitando cadastrar um profissional liberal e outro não, dando a ideia de cartel.

-Não dar prioridade para este ou aquele órgão de imprensa tratar todos iguais sem privilégios.

-Não ter funcionários de outros países trabalhando no consula¬do, mesmo que sejam de empresas terceirizadas.

-Atender ao telefone, tanto o de emergência como o convencional – Estes serviços nunca funcionaram.

- Fazer consulados itinerantes – Coisa que Mario Saade detestava. Fez dois em toda a sua administração.

-Acabar com os privilégios dos despachantes - entregarem o passaporte em duas semanas, enquanto que se alguma pessoa for direto ao consulado vai esperar 4 meses. Isto não é cartel? Porque esta diferença de tempo em um órgão oficial do governo e um prestador de serviço intermediário? Para o cliente (comunidade) pagar mais caro pelo serviço?

-Incentivar a comunidade brasileira de MA a buscar os serviços consulares em Boston e não em CT, afinal moramos aqui e não em CT.

-Promover e patrocinar eventos culturais de nível como o consulado de Atlanta esta fazendo agora o “Brazilian Day de Atlanta”.

-Nunca devolver o dinheiro destinado aos presos que normalmente é usado para compra de presentes e cartões telefônicos no Natal. Mario Saade devolveu em dezembro 2009, por pura maldade!! Saade com uma voz mansa de cordeiro deixou nossos irmãos presos a ver navios no natal.

-Designar alguém que realmente de assistência os presos pe-riodicamente.

Tudo isto é só uma palhinha das atrocidades que Saade deixa para o novo Embaixador!

Definitivamente, em um primeiro plano, o Consulado de Boston hoje precisa de um administrador e não de um diplomata.

Paulo Monauer

Wednesday, June 30, 2010

Por que a cidade de Framingham e tão condescendente com os brasileiros?

Depois de cada jogo do Brasil, no centro da cidade só dá brasileiros. Um esquema está preparado e organizado pela polícia para explosão dos brasileiros que vivem na cidade e seus arredores ao final de cada partida. A Concord St fica pequena para tanta gente. As escadarias da prefeitura sempre são tomadas por animados e incansáveis brasileiros, festejando muito. São famílias completas fantasiadas, passeata de carros a desfilar, bandeiras do Brasil por todos os lados, e por ai vai.

A cada Copa do Mundo de Futebol a história se repete em Framingham.

Cada país tem suas peculiaridades, nas suas explosões patrióticas. O brasileiro gosta de gritar, quer sair de casa, quer comemorar. Na verdade quer extrapolar de alguma forma, e se sente no direito deste prazer, livre de qualquer sentimento, quer ter o seu momento. O tipo de coisa que só o futebol pode proporcionar aos brasileiros e ao mesmo tempo não se consegue explicar de onde vem tanta paixão.

Por tudo isto, a força policial da cidade e os moradores nativos aceitam e organizam sempre a cada quatro anos na época da copa do mundo de futebol o patriotismo descabido que se aflora na comunidade brasileira. Eles sabem que não tem como segurar esta euforia cívica. Mesmo que ela só apareça de quatro em quatro anos. Não há como reter o prazer da vitória. Eles nem tentam sufocar a festa. E sabem que a cada jogo que o Brasil avança rumo a mais um título, a festa aumenta de proporção na cidade.

Como os brasileiros que vivem em Framingham conseguiram isso? Se soltarem mais dentro da cidade onde vivem e abrir espaço para a cultura brasileira também fazer parte do cotidiano da maior “Town” dos USA?

A grande Boston, com seu aglomerado de cidades repletas de brasileiros com certeza tem mais brasileiros que Framingham. Mas a cidade de Framingham tem sozinha o que as outras não têm individualmente; mais brasileiros e muito mais carisma, respeito junto aos americanos. Apesar de toda a oposição que a comunidade sofreu e ainda sofre por alguns fanáticos na cidade, as conquistas de espaço dos brasileiros são maiores que suas perdas.

Framingham tem uma rádio com uma programação local 100% brasileira, a 650AM, com um alcance fantástico que permitem seus locutores serem ouvidos inclusive nas cidades da grande Boston. Seus programas são frequentados por inúmeros americanos, que usam as ondas da rádio como meio de comunicação com a comunidade brasileira. E uma cidade onde a coletividade brasileira conseguiu abrir uma trilha no meio de um cerco fechado anti-imigrantes. Ganhou respeito junto à força policial e tem influência junto aos lideres e políticos da cidade. E uma das raras cidades nos USA onde os indocumentados confiam na polícia, e não sentem medo dela, muito pelo contrário ajudam a força policial a combater o crime. Este é o resultado de lutas de muitos anos e trabalho duro de inúmeros líderes comunitários que se revezaram com persistência e continuidade para conquistar um lugar com dignidade dentro da comunidade americana e junto à força policial local. Os líderes e importantes americanos da cidade reconhecem hoje a força comercial empreendedora dos brasileiros a sua influência local, sabem que nossa mão de obra não pode ser varrida da cidade, pois já faz parte dela.

Inúmeros profissionais liberais e comércios americanos há muito perceberam esta influência positiva brasileira e já trataram de aprender um pouco de português, e hoje tem entre seus funcionários muitos brasileiros. Em alguns casos a gama de clientes brasileiros que eles atendem varia de 30 a 50% da sua clientela no total. O grosso do faturamento deles em algumas situações vêm da nossa comunidade. Como perder ou não preservar o que mantém a cidade economicamente em movimento?

A cidade Framingham tem mais de 60 mil habitantes, destes mais de 20 mil são brasileiros. Com certeza e uma das cidades com o maior numero de brasileiros ‘legais’ nos USA e claro abriga inúmeros indocumentados também. Sem sombra de duvidas posso afirmar que Framingham é hoje uma das maiores forças financeiras de brasileiros dentro dos USA. Seu comercio local abriga o maior numero de lojas e pequenos negócios de empresários brasileiros em uma única cidade em toda América.

Como negar tudo isso? Como não perceber o seu diferencial? Impossível negar a vitória coletiva da comunidade. É só andar no centro da cidade para descobrir que o Brasil e está presente em cada esquina.

Prisões de indocumentados, problemas no transito, etc. Tudo isso faz parte do dia a dia do morador brasileiro de Framingham, neste quesito nada contemporiza do resto do país e de outras cidades de MA. O diferencial está em como tudo isso é feito. O respeito ao indivíduo, ao ser humano com muito bom senso, são prerrogativas constantes de todos policiais de Framingham ao abordar qualquer um independente de nacionalidade ou condição imigratória no país. Hoje a força policial de Framingham conta com dois policias brasileiros e mais quatro oficiais que falam português.

Só não aceita quem não quer, mas definitivamente Framingham a capital dos imigrantes brasileiros nos USA.

Paulo Monauer

Wednesday, June 23, 2010

Can I help you? Eu posso ajudar você?

A frase educada usada pelos americanos, como uma forma de recepcionar alguém que ele não conhece, na nossa comunidade tomou rumos diferentes em alguns casos. “Como eu posso ajudar você”? A meu ver e uma forma educada de se prestar um serviço, um auxilio a alguém. Mas a pratica tem me levado a pensar só ao contrario. Confesso que está frase em alguns casos tem acabado com minha paciência, tem se tornado um martírio no meu dia a dia. Posso explicar. Fui fazer o seguro do meu carro outro dia, e uma moça me atendeu. Primeira pergunta dela quando entrei na sala: “Em que eu posso te ajudar”? Respondi quero saber o preço do seguro para meu carro... e por ai foi a nossa conversa. Até ai tudo bem. Lá no meio da conversa ela disse novamente à frase que não combina com ajuda: “aqui nos podemos te ajudar a ter esta vantagem se incluir isto ao seu seguro”. “Ajudar-me a ter vantagem no meu seguro”? Esta vantagem que me foi ofertada só seria uma ajuda se não tivesse custo, logo a generosa ajuda seria cobrada.

Isso foi uma oferta de prestação de serviço no qual eu decido se quero ou não. A companhia de seguro não estava me ajudando em nenhum momento, e sim eu a ela como cliente que estava contratando os seus serviços.

Não são poucas as vezes que tenho visto propagandas na TV ou programas de rádios, com consultores de financiamento de casas, pessoas que trabalham com consolidação de dividas, cursos de inglês, mecânicos, vendedores de imóveis aqui nos USA e no Brasil, advogados entre muitos outros que adotaram e abusam da frase americana em seu próprio favor. “Eu posso ajudar você”, venha falar comigo! Na cultura americana a frase até que cai bem, mas na cultura brasileira ela cai mal, quando a ajuda tem segundas intenções. Na verdade todos estes profissionais estão vendendo serviços, e o individuo “ajudado” vai desembolsar dinheiro, e às vezes esta ajuda é cara demais, e tem muitos que prometem “ajudar” e ainda dão o maior calote. Que ajuda heim??? Não quero generalizar, pois sei tem muitos profissionais sérios, e que merecem toda a minha credibilidade.

Da próxima vez que você for contratar um serviço, não aceite que alguém diga a você, “eu vou ajudar você”. Diga a ele antes, eu não quero sua ajuda se vou ter que pagar por ela. Tome as redias da conversa. Leve a conversa para um lado mais profissional. É um contrato entre duas partes: Quem paga e quem se comprometem a fazer o serviço. Não fique intimidado, para contratar ou falar com alguém, para arrumar seu credito, pagar a prestação de casa atrasada, contratar um advogado para tirar um amigo ou parente da prisão ou qualquer outro serviço. O profissional não vai “ajudar”, ele sempre vai cobrar pelo serviço. Ele não esta fazendo um favor a você. Ele esta recebendo para isso parte do seu cheque semanal suado, que em algum momento vai direto para bolso dele. Ele trabalha para você e não você para ele. Se ele não for bom, procure reaver seu dinheiro de volta, existem muitos meios para isso. Cobre dele o que ele prometeu fazer, afinal é o seu dinheiro e só quem pode ajudar você nesta hora é você mesmo.

O “Can I help you?”, sempre deve soar bem nos seus ouvidos, mas se você tiver que mexer no bolso para ser ajudado, mude o tom da conversa. Você é quem tem o poder financeiro. Se você não pagar antecipado pelo serviço não fique envergonhado, por que o prazo para pagar todo mundo dá para qualquer um, isso também não é um favor que alguém vai fazer para você é um direito na lei do mercado.

Não tenha duvida da sua posição. Procure usar esta frase linda sempre “Can I help you?”, mas sempre sem nenhum pingo de interesse financeiro agregado a ela, ai ela não vai perder o valor nunca.

Paulo Monauer

Thursday, May 13, 2010

Carecas em alta! Será?

Sempre que perdemos tudo ou parcialmente alguma coisa que tínhamos com abundância ou não, e adorávamos, acabamos valorizando demasiadamente o que já não temos mais ou o que restou. Eu gostaria de falar de algo que já tive naturalmente, e hoje convivo com o que ainda me sobra, não sei por quanto tempo. Falo dos meus cabelos.

Pertencer à turma dos carecas, raramente é uma opção. Claro que aqui na América esta regra não se aplica. Aqui existe uma “febre nacional” de rapar a cabeça que não sei de onde que veio. Mesmo estando em um território favorável aos carecas, algumas vezes sinto saudades dos meus cabelos. Não descobri como meus fios de cabelos debandaram sem um aviso-prévio, ou um tchau. Simplesmente fugiram, literalmente abandonaram o “barco”, ou melhor, a cabeça, e todos à surdina, pois nunca os vi caindo.

Você e careca? Não. Que maravilha! Tem gente que gosta de estar careca por natureza, claro existem outros que adoram viver sem cabelo por opção. Por prazer vão ao cabeleireiro, praticar o mais simples dos cortes: “Passa a máquina zero aí, por favor!” Já chegam logo falando antes de sentarem na cadeira. Mas eu especificamente convivo bem com a minha “careca progressista”.

São inúmeras as vantagens de não se ter cabelo. Não precisa pentear ou passar gel. Além de não necessitar de muito xampu ou condicionador, e nem vou comentar nada sobre o secador de cabelo, escova e tudo mais. Descabelar-se, é totalmente inviável. Já pensou acordar pela manhã e não ter que se preocupar com cabelos. Se uma pessoa normal (com cabelos) vai ao cabeleireiro uma vez mês, o calvo ou careca pode ir a cada dois meses, etc. Mas por outro lado tem as desvantagens. No inverno, com neve ou chuva caindo nela (careca) quando esta desprotegida é horrível. E no verão você nunca viu um homem desprovido de pelos na cabeça depois de uma tarde exposta ao sol. Normalmente acaba com a cabeça vermelha, e dois dias depois descascando. Hum! Sei o que isso. Proteção às vezes não é uma opção é uma necessidade. Além do que alguns prazeres ficam totalmente proibidos como: Seus cabelos nunca vão cair nos olhos e jamais vão estar decorados (pintados ou cortados) do jeito que você quiser. Às vezes o cabelo ajuda na plástica facial, da um ar diferente ao rosto. Para um careca isso esta fora de questão. E aquele “tupete”, quando vai poder usá-lo?

Outro dia quando fui cortar o cabelo, percebi uma dura realidade que até então desconhecia. Logo que sentei na cadeira veio à pergunta: Como você quer o corte? Uma vez que o meu barbeiro estava de folga naquele dia, olhei para o que se propôs (também meu conhecido) a cortar meu cabelo e disse: “Baixa um pouquinho nas laterais, mas não deixe zero”. Ele logo perguntou: “Qual numero da máquina que você quer que eu passe”. Eu disse: “Quero que você baixe um pouco as laterais com a tesoura e em cima você pode passar a máquina um”. A resposta saiu espontânea do cabeleireiro: “Nossa! Nunca vi alguém com tão pouco cabelo, valorizar tanto o pouco que resta (laterais)”. Pela primeira vez alguém me fez pensar sobre o assunto e botou em xeque minha vaidade referente aos meus poucos fios de cabelos e minha careca.

Acredite! Nada contra os cabeleireiros, mas penso que é mais cômodo, cortar cabelo com a máquina, a tarefa fica mais fácil. Sou do tempo de quando o “barbeiro” trabalhava muito mais com a tesoura e usava a máquina só em último caso (que não era elétrica, apertava nas laterais para cortar e ainda mastigava o cabelo). Talvez o tempo e a evolução da profissão tenham invertido esta prática. Mas confesso que minha preferência até hoje e para quem sabe trabalhar com habilidade com a tesoura. Por que isso não é para qualquer um, tem que ser um profissional. Para usar a máquina, ninguém precisa ser tão profissional assim. Dentro do meu ponto de vista. O ideal e ter um profissional que domine totalmente os dois, com habilidade.

Quando era criança, na faixa entre cinco e nove anos amargava um corte de nome “cadete” (estilo militar, que hoje é moda na América) todo mês. Lembro-me também que desfilei algumas vezes com aquele famoso corte “tupete do Ronaldinho na copa”. O meu ainda era “pior”, pois o “barbeiro” me deixava com uma franja. Acredite se quiser: tenho foto para provar. Olha! Vou contar uma coisa, sair para rua com “corte tupete” de franja e conga azul de biqueira branca, era estar na “crista da onda” na época, lá bairro onde eu morava. Nos dias de hoje só o Ronaldinho (fenômeno) teve coragem de voltar ao passado. Acredito fielmente que quando ele usou aquele corte estava pagando uma promessa, pois ao natural penso que ele o jamais faria.

Conversando com algumas colegas de trabalho e amigas, percebi que existe um consenso entre algumas delas, que eu desconhecia entre as mulheres. Elas acham o homem careca sexy. E claro que nem todo o careca é sexy, mas a combinação do homem e a sua calvície, natural ou induzida, às vezes trazem esta sensação a algumas delas. E você o que acha?

Se alguém se sente desconfortável com sua careca imposta pela natureza e não por uma opção, existem varias soluções fáceis, ao alcance de todos. Implante, peruca, remédios, etc. Mas se não desejar ir contra a natureza, relaxe e faça como eu: “curta a sua careca com todos os seus pros e contras”.

Paulo Monauer

Sunday, February 28, 2010

‘Estou nesta vida para vencer não para perder e você’?

Este é o lema de vida de uma jovem nordestina, mais precisamente da cidade de Natal no Rio Grande do Norte, que veio com sua família para USA há 12 anos. Sthephanya Vasconcelos, 24 anos, moradora da cidade de Revere tem um história de vida que impressiona qualquer um. Sthephanya adora os USA, mas não dispensa uma boa comidinha brasileira, e se diz vidrada nas novelas e a na nossa comunidade. É conhecidíssima por fazer excursões de Boston para NY nos Brazilian Day desde os 15 anos. Tudo parecia normal na sua vida, até completar 19 anos. Começou ter algumas tonturas e a passar mal. Procurou um médico e depois de muitas baterias de exames e de algumas semanas veio a noticia. Ela estava com câncer raro chamado “Hodgkin’s Lynphoma” uma espécie de primo do câncer de sangue, que atinge células brancas, vermelhas e os ossos. A doença que estava se propagando pelo seu corpo há mais de ano e havia começado a mostrar os sintomas. Sofreu, emagreceu 40 libras, teve varias seções de quimioterapia e foi desenganada pelos médicos. Sua morte era dada como certa pelos especialistas do Cambridge Hospital, era só uma questão de tempo. Até uma médica chamada Dra Lisa Wessmann do ‘Dona- Faber Cancer Institute’ descobrir que ela tinha está doença e se propôs a cura-la. E por um milagre da natureza por causa desta Dra. que ela chama carinhosamente de “de anjo da guarda da sua visa” no dia 3 de novembro de 2005, Sthephanya fez a sua ultima quimioterapia e estava curada do câncer. Depois de ressuscitar, partiu para vida. Agora com seus 20 anos e valorizando cada segundo do ar que respirava, subitamente teve uma nova surpresa. Em 4 de dezembro de 2005, há exatamente 31 dias que havia terminado o longo tratamento que eliminou o câncer de vez da sua vida. Um ônibus da MBTA bateu no carro em que seu namorado estava dirigindo, ela sentada no banco do carona, o motorista fugiu e sumiu na hora, não apareceu mais na empresa e até hoje ninguém mais sabe o seu paradeiro. A batida foi muito forte e novamente ela quase perdeu a vida. Sthephanya voltou para hospital. Neste período teve que realizar algumas cirurgias para se recuperar do acidente de carro. Fez duas no ombro esquerdo. Com um agravante, o médico cometeu um erro e fugiu do hospital quando soube que ela iria processá-lo. Ela perdeu alguns movimentos no ombro, deficiência que carrega até hoje, consequência deste erro medico. Também por conta deste acidente realizou outra cirurgia para consertar um problema de disco na coluna. Logo que saiu da sala de cirurgia quando acordou descobriu que o medico tinha desmobilizado um de suas pernas, ficou imóvel, outro erro médico. Este felizmente foi consertado e revertido com uma nova cirurgia, no mesmo dia. Depois de alguns meses Sthephanya voltou às ruas para tentar mais uma vez começar sua vida, agora sem susto, com algumas sequelas e com um novo animo. Trabalhou em alguns restaurantes e se tornou ‘Chef’ de cozinha Italiana. Sua vida estava indo em curso normal. Seu atual emprego é como ‘Chef’ no famoso restaurante “Wagamama” na ‘Harvard Square’ em Cambridge. Mas no dia 8 dezembro de 2009 quando se dirigia ao ‘frezeer’ para buscar um complemento de um prato que estava fazendo, em meio ao grande movimento do restaurante, subitamente escorregou e teve uma queda brutal. Sthephanya sempre usou todos os equipamentos de segurança no trabalho inclusive um sapato com o solado antiderrapante. Mas nada disto adiantou devido ao freezer ter sido lavado no dia anterior e criou-se uma camada fina de gelo no piso que foi o precursor da sua queda. Desde o dia do acidente até hoje, já se passaram mais 70 dias e ela ainda esta internada no Boston Medical Center. Passou por uma cirurgia para tirar um coágulo resultado da queda, e perdeu o movimento total da perna direita. Com a queda um de seus nevos que possibilita movimentar a perna se desfragmentou. Em consequência disto hoje ela esta sendo treinada para voltar a viver sem o movimento da sua perna. Anda de cadeira de rodas, e esta na fase final de adaptação para voltar para casa. Sthephanya, mora sozinha (em um quarto com mais três amigos na casa) na cidade de Revere, MA. Hoje só tem a mãe e uma irmã nos USA. A vida é difícil e todos tem que trabalhar muito para dar conta de cuidar de suas vidas. Sthephanya mais uma vez tem que recomeçar agora com os seus 24 anos. Mas se você pensa que ela esta derrotada, não! Ela acredita que vai voltar a andar logo. Os médicos não falam nem que sim nem que não sobre sua verdadeira situação, alegam que precisam de mais tempo. Eles têm medo de errar no cálculo para ela voltar a andar e decepcioná-la. Apesar de tudo Sthephanya sorri para vida e já faz planos de como vai ganhar dinheiro uma vez que sua família não tem os recursos suficientes para ajuda-la. Com um ótimo astral e com um “papão alegre”, cheio de vigor e com muita vontade de viver, Sthephanya sorri muito e não dispensa sua vaidade de um jovem cheia de planos para futuro. Hoje ela precisa de um apto para alugar em algum lugar térreo urgente, pois esta morando no segundo andar de uma casa o que dificulta sua locomoção. O preço tem que ser módico, pois os recursos dela praticamente inexistem. Do acidente de carro até hoje nunca recebeu um centavo, do acidente de trabalho também ainda não viu dinheiro. Ela já esta em contato com um advogado que está cuidando do caso dela. Ao ser questionada de como se sente com tantos tropeços e sendo tão jovem ela responde sorrindo; “Ainda vou ser cantora, escrever um livro e fazer um filme da minha vida sabe por que? Estou nesta vida para vencer e não para perder e você?”.

Paulo Monauer

Wednesday, January 6, 2010

Viajar: Significa lazer, aprendizado, interação, desenvolvimento cultural e muita curtição!


Foto : Paulo Monauer
Se me lembro bem comecei a tomar gosto por viagens, ir atrás de aventuras, do desconhecido, quando ainda tinha 16 anos, sob forte influência do meu amigo Lauro. Morávamos na mesma rua, lá em Viamão, cidade dormitório da Grande Porto Alegre. Na época, fui super resistente e tinha um certo receio de sair por ai me aventurando. Mas, isso foi há muito tempo. Minhas primeiras viagens foram para o litoral do Rio Grande do Sul, daí para frente, nunca mais parei. No Rio Grande de Sul, por forças profissionais viajei por todo o estado. Mas não tenho como negar minha preferência pela serra gaúcha. Nova Petrópolis, Canela, Gramado, Caxias, Flores da Cunha, Bento Gonçalves, beneficiado pela distância de Porto Alegre (apenas 100 km em media), era sempre uma das fortes motivações para dar um pulinho na serra. As belezas naturais, arquitetura alemã, hotéis encantadores e restaurantes italianos, que fazem qualquer dieta perder o sentido, sempre foram alvos constantes de muitos de meus finais de semana, com a família e amigos. Santa Catarina passou a ser uma opção de verão irresistível. Com seu mar limpo, com suas belezas cinematográficas, fica muito difícil o Rio Grande do Sul competir com tamanha formosura e perfeição que a natureza cedeu aquele estado. Praias como as de Laguna, Imbituba, Garopaba, Joaquina, Pontas das Canas, Praia Brava, Bomba, Bombinhas, Camburiú e tantas outras que vocês nem fazem idéia. São estonteantes! Cheguei a me aventurar por Curitiba, Foz do Iguaçu, no Paraná, mas não andei muito por lá não, apesar de ir nestas cidades repetidas vezes. Sabe como é comprar uma “muanbinha” para as crianças no Natal? Claro, no lado Paraguaio, e aproveitar para dar uma olhadinha nas Cataratas do Iguaçu. São Paulo inúmeras vezes andei por lá, a trabalho e a passeio. Muita gente e pouco tempo para qualquer coisa. Cidade de trabalho mesmo! No Espírito Santo, morei em Vitória, no bairro de Goiabeiras, por quatro meses. Conheci também a Grande Vitória, Cariacica, Vila Velha, Serra etc., sai um pouco do trivial e consegui por duas vezes ir a Cachoeira do Itapemirim, conhecer a terra do Roberto Carlos e visitar alguns amigos. Minas Gerais deu para curtir somente três dias em Belo Horizonte. O centro da cidade, Mineirão, bairro da Liberdade e a Pampulha, estão na minha mente e no meu coração. Distrito Federal foram quatro meses, divididos nas cidades satélites de Gama e Taguatinga. Foi uma dura experiência atrás de uma lomba ou para ver em morro, que não existe naquelas bandas. Quase morri de tédio, mas resisti. Tenho que confessar, Brasília é linda. O Plano Piloto é algo fantástico, Esplanada dos Ministérios, Palácio do Planalto, Asa Sul, Asa Norte. Só vendo para se dar o valor da grandeza desta cidade planejada. Rio de Janeiro foram quase dois anos de moradia, entre idas e vindas. Meus últimos seis meses no Brasil, antes de vir para Boston, foram no bairro do Tanque em Jacarepaguá. No Rio também tive o prazer de morar e fazer amigos em vários bairros como: Rio Comprido, Tijuca, Engenho de Dentro, Meyer e Campo Grande e do lado de Niterói, em Alcântara, Fonseca e Icaraí. Nunca vou esquecer. Comecei a experimentar com maior assiduidade algumas experiências internacionais ainda no Rio Grande do Sul. Indo para cidades de fronteiras, com a Argentina e o Uruguai. Cidades como Uruguaiana, Chuí, Santana do Livramento, estas duas últimas separadas do Uruguai só por uma rua. De um lado comercio Brasileiro, do outro comercio Uruguaio. Isso que é fronteira! Quem sabe um dia o México e USA aprendem algumas coisas com a gente lá do Sul. Também estive em Montevidéu, duas vezes. Fiquei atônito quando entrei em um táxi, uma Mercedes do tempo do “Ari Barata”. E não é que pegou de primeira, na virada do arranque! Tudo é importado. Não existe quase nada de fabricação nacional. É um país muito nostálgico. Na América, nestes quase dezs anos por aqui, deu para conhecer, Maimi, Tampa, Orlando, Fort Lauderdale, Atlanta, Chicago, NY, Salt Lake City, entre muitas outras. No meu mundo e dentro das minhas possibilidades adoro viajar. E de preferência de carro. Acho que não existe coisa melhor. Adoro dirigir, botar o pé na estrada. Poderia detalhar cada lugar, situações, peculiorisidades, etc., mas acho que precisaria transcrever o meu diário aqui, e este espaço iria ficar pequeno. Mas de todos os lugares maravilhosos que já conheci até hoje tem dois que, me dão um “tcham” especial a cada vez que vou visitá-los. Um é Rio de Janeiro. Não tem como não me emocionar com a vista do Aterro do Flamengo, Baia da Guanabara, Rio Sul, Leme, Pão de Açúcar, Botafogo, Cristo. Como se não bastasse isto, só de andar na Cinelandia, Largo da Carioca, Jardim Botânico, Lagoa, qualquer coração já ficaria estufado e altamente emocionado. São lugares lindos indescritíveis. Soma-se a isto ter a possibilidade de passear no calçadão de Copacabana ou Ipanema, subir na Pedra da Gávea, ir a São Conrado. Depois disto tudo ir pela “beira mar” e espichar até a Barra. Algo imensurável para mim. O outro é New York. O “glamour” da cidade me encanta, a quantidade de pessoas nas ruas, aquela quinta avenida lotada de gente de todos os lugares do mundo. A “times square”, com suas luzes, a estátua da liberdade, museu de cera, “central park”, etc. E aquele prazer quando você entra em uma sala de cinema para assistir um filme, e vê NY como cenário, e diz para si: Conheço este lugar, andei por lá! Isso mexe comigo. Acreditei que isso passaria com o tempo, mas em todas as minhas viagens para NY sempre tenho aquele clima de NY, sabe como é? Curti-la de vez enquanto como neste final de semana, mesmo quando o tempo é curto, a sensação é a mesma. Mas das minhas duas prediletas, ainda sou muito mais fã do Rio, com toda a sua violência, e beleza. E para você qual o seu lugar predileto de todas as suas viagens? Para mim, a melhor opção para morar, trabalhar e viver, digo com toda a minha convicção: Não tem como Boston, hoje. Aqui me sinto em casa principalmente quando retorno de uma viajem. Você não? Mas sabe como é amanhã tudo pode mudar!

Paulo Monauer

Salt Lake City – Utah - Terra dos Mormons!

Não tem como negar, a maioria absoluta da população do estado pertence a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Uma minoria ten...