Wednesday, July 18, 2012

Massachusetts tem 28 brasileiros presos cumprindo pena criminal

Embaixador Fernando Mello Barreto e diplomatas do consulado de Boston   
Os dados foram fornecidos pelo Consulado Geral do Brasil de Boston que na última quinta-feira, 12 apresentou os números na Reunião de Conselho dos Cidadãos. Agregado a estes em média tem sempre mais ou menos 100 presos na imigração, de acordo com Embaixador Fernando Paulo de Mello Barreto Filho, titular de Boston.
O consulado apresentou um relatório de visitas e assistência aos presos em MA, dos últimos 3 anos:
v  2010 - Foram 1.172 visitas realizadas, coletivas e individuais.
v  2011- Foram 712 visitas realizadas, coletivas e individuais.
v  2012 - Os números ainda estão em aberto, e o consulado informou que visitou neste ano 3 instituições prisionais por mês, mas ainda esta levantando o número exato de quantos detentos foram agraciados com a visita consular, mas comunica que os números são menores do que os dos anos anteriores.
Toda esta questão prisional foi levantada pelo fato que os números de visitas caíram muito nos últimos dois anos. A explicação do Embaixador Fernando Barreto para tal queda se deve ao fato de a diplomata especialista nesta área do Consulado de Boston ter sido transferida para Brasília, que era a Maria do Socorro, muito conhecida na comunidade.
Hoje a pessoa responsável pelos presos no consulado é a diplomata Samira Martins, brasiliense atuando a pouco tempo no consulado, que esta tentando organizar um cronograma apurado para cobrir todas as visitas necessárias ao grupo carcerário de brasileiros em Boston e ouvir as necessidades dos mesmos.
Durante a reunião do Conselho dos Cidadãos, onde estiveram presentes inúmeros lideres e empresários brasileiros presentes, o embaixador fez questão de frisar que tem recebido algumas pressões do ICE para liberar a documentação de alguns brasileiros presos. Entretanto os brasileiros que ICE querem as documentações não tem interesse em serem deportados no momento, ou por orientação do advogado, ou por que acreditam que podem ser liberados e voltar às ruas aqui nos USA, logo a prerrogativa de sair ou não do país cabe ao detento, no caso, e ao consulado cabe respeitar a posição dos brasileiros presos e disse que não cede e nem vai ceder as pressões do ICE. Esta posição em alguns casos tem causado algum constrangimento nas relações ICE e consulado, contudo o embaixador disse que vai só vai liberar os documentos de deportação caso o preso queira ser deportado.
Outra medida consular tomada pelo embaixador para atender melhor a demanda careceria foi deixar uma linha telefônica do consulado em aberto entre 9hs30min ás 10hs30min, horário em que os detentos têm livre acesso grátis ao telefone, isso nas segundas, quartas e sextas-feiras. Esta medida tem por objetivo facilitar ainda mais a comunicação do preso com o consulado.
Questionado pelo Hello Brazil News, se o consulado estava fazendo a ‘ponte’ entre as famílias dos presos e os presos, o Embaixador respondeu: ‘No momento não tem como fazer isso por falta de pessoal e o grande acumulo de visitas a serem feitas. Entretanto reconhece que o ideal seria isso, fazer uma ligação telefônica para a família antes de visitar o preso, ver se eles querem mandar algum recado para o conterrâneo preso e depois da visita fazer o caminho de volta e novamente ligar para a família para dar um retorno de como ele anda e cosias assim. Ainda vamos chegar lá’.
Direto dos presos brasileiros no exterior:
O (a) cidadão (ã) brasileiro deverá solicitar à autoridade estrangeira autorização para comunicar-se com o consulado, que poderá gestionar para que seja assegurada sua integridade física, dispensando-se-lhe tratamento condigno, acompanhar a evolução do caso e avisar familiares no Brasil. É importante ter presente, porém, que o Consulado não poderá providenciar sua soltura, nem pagar os honorários do advogado ou as custas do processo, nem interferir no andamento do mesmo.
Caberá igualmente à Autoridade Consular, no exercício do que lhe faculta o artigo 36 da Convenção de Viena sobre Relações Consulares:
·        Prestar assistência aos brasileiros que se acharem envolvidos em processos criminais;
·        Estabelecer contratos com diretores de penitenciárias situadas em sua jurisdição e manter relação atualizada de presos brasileiros e andamento dos seus respectivos processos;
·        Caso solicitado, servir de ligação entre os prisioneiros e suas famílias, seja no Brasil ou no exterior;
·        Nos postos onde é elevado o número de prisioneiros brasileiros, inteirar-se das condições de saúde e das instalações onde estejam detidos e, ainda, instruir funcionário a visitar periodicamente os prisioneiros, mantendo fichário atualizado e enviando relatórios periódicos;
·        Assegurar, na medida do possível, aos brasileiros detidos ou encarcerados, acesso aos serviços consulares.
·        Fornecer os documentos necessários para o preso brasileiro ser deportado, caso ele assim o desejar.
PS: O Embaixador também relatou que muitos presos não querem informar aos familiares que estão presos, preferem o anonimato, e o consulado respeita isso, e não faz contato com os familiares.
HBN – Notícias – Paulo Monauer
Foto Paulo Monauer


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