Wednesday, February 19, 2014

Heloisa Galvão; A ‘Dama de Ferro’ da comunidade brasileira

Heloisa Galvão;
A ‘Dama de Ferro’ da comunidade brasileira
 -O braço forte e a determinação de Heloisa Galvão de servir socialmente a nossa  comunidade, apoiada por outras mulheres com o mesmo objetivo, sustenta o GMB há quase 19 anos




Ela vai comemorar os seus 26 anos de América em 15 de agosto de 2014, e tem uma trajetória marcante, impecável dentro da nossa comunidade. Nem sempre teve o apoio de todos, mas sempre teve parceiras de luta, amigas fieis de sonhos, que ajudaram a construir uma história, um legado, uma imagem dentro da comunidade. Ela foi a primeira protagonista do Festival da Independência (Brazilian Day de Boston), e o sustenta até hoje, 17 anos depois. Heloisa com a sua liderança tenaz virou ponto de referência e é reconhecida por todos, tanto do lado de lideranças americanos como por parte dos brasileiros. Lutadora ferrenha pelos direitos da mulher brasileira em solo americano, nunca se importou com algumas criticas veladas que teria fundado o ‘Clube da Luluzinha’. As ‘Luluzinhas’ já ajudaram muitos marmanjos e continuam ajudando muitos até hoje, com seus serviços sociais. Ela é protagonista principal e uma das mentoras e fundadoras do Grupo da Mulher Brasileira, e da Cooperativa Vida Verde. Heloisa muitas vezes não foi e nem será um consenso total dentro da comunidade com suas idéias e projetos sociais. E quem sempre foi ou será um consenso na nossa comunidade? Mas é uma lutadora, determinada, e corre atrás de seus sonhos, fez e faz por merecer, ser reconhecida por muitos. Ela é ativa e constante sem variantes, é uma verdadeira ‘Dama de Ferro’, sem barreiras de idade, de doenças, de disposição, e uma lenda viva dentro das conquistas na nossa comunidade. Muitos podem vir depois dela, mas como ela, não. Sua singularidade é seu diferencial, sua obstinação e alegria são contagiantes. O Hello como sempre foi buscar no âmago da comunidade está linda história verdadeira, desta mulher, mãe e avô incansável, que não mede sacrifícios em prol do que acredita ser um bem social para nossa comunidade. 

Primeiros passos profissionais no Brasil

Eu comecei a trabalhar com 17 anos com jornalismo, nunca pensei em fazer trabalho comunitário, minha paixão era e é jornalismo até hoje. Eu comecei a trabalhar em meados de 1965, no jornal ‘O Fluminense’ em Niterói, RJ, que era um dos maiores jornais do estado do Rio, e continua sendo até hoje. Bati na porta deles e pedi um emprego, uma oportunidade para fazer um estágio, eu não sabia nada de jornalismo, a única coisa que eu sabia é que eu queria ser jornalista, eu não tinha ideia de onde e como começar. Deram-me uma posição e eu comecei a trabalhar na redação que naquela época só tinham homens trabalhando nela, eu fui à primeira mulher por ali. Tudo de graça sem receber um tostão furado pelo meu trabalho.

Primeiros passos nos EUA

Ela chegou aos EUA em 15 de agosto de 1988: ‘não esqueço o dia por que a temperatura estava em 40 graus e eu toda vestida de inverno, (risos)... ’. ‘Eu cheguei aos EUA com 40 anos, estou aqui há 26 anos, mas o meu Brasil jamais ficou para trás. Eu sou jornalista formada no Brasil, a paixão da minha vida sempre foi o jornalismo’.

História da Família

Veio com o marido Pedro Roberto, para fazer um mestrado em Jornalismo na Boston Universidade, trouxe junto dois filhos; Roberta, que casou com uma americano e hoje tem Mestrado em Educação com formação na UMASS (Faculdade do Estado de Massachusetts). Atualmente é professora da High School de Framingham; o César Roberto (seu filho) casou com uma espanhola e hoje vive na Flórida e é engenheiro civil formado aqui nos EUA. Heloisa tem dois netos um de cada filho. Os dois netos são homens e nasceram com 40 dias de diferença. O Pedro Roberto (ex-esposo) e Heloisa se divorciaram há algum tempo atrás e Pedro hoje vive em Natal, Brasil. Heloisa nasceu na Ilha Grande no estado do Rio, carioca da gema, da periferia, até hoje ainda puxa um sotaque. A Heloisa conheceu o seu ex-marido em Natal, Pedro Roberto (Bebeto) em um período em que foi fazer uma especialização em Arqueologia em Natal e lá trabalharam juntos em alguns projetos de arqueologia, e a partir de então nasceu o amor entre os dois. Heloisa só tem uma irmã que se chama Rosa Maria, que é a mais velha das duas e vive no Brasil.

Fundadora do ‘Brazilian Monthly’, um dos primeiros jornais brasileiros de Boston

Flávia era uma colega de aula da Boston University e as duas eram muito amigas e decidiram montar um dos primeiros jornais brasileiros de Boston o ‘Brazilian Monthly’, ele durou cerca de 4 anos, começou em medos 1991.

‘O jornal era bilíngue, por queríamos introduzir a nossa cultura entre os americanos e que eles tivessem alguma ideia do que se passava dentro da nossa a comunidade brasileira aqui em Boston, ele não era todo traduzido, alguns textos eram outros não, esta foi uma fase muito legal na minha vida’.    

Funcionária pública do estado de Massachusetts

‘Já trabalhei como funcionária pública do estado de Massachusetts, em funções sociais. Eu era a pessoa de ligação entre a Administração da Secretaria de Educação da ‘Boston Public School’ e a comunidade. Minha função era no inicio de tradutora dos brasileiros. Eu fui contratada em 2000, primeiro para fazer tradução, como ‘part time’, e como tinha muitos brasileiros chegando naquela época minha função ficou muito requisitada e acabei sendo contratada como ‘full time’ pelo estado de MA, como tradutora e intérprete. Trabalhei nesta função por 20 anos até janeiro 2010’.

O inicio do Grupo da Mulher Brasileira
-Grupo da Mulher Brasileira tem como seu braço forte a Cooperativa Vida Verde

‘Não comecei sozinha não o GMB. Ele começou em 1995. Na verdade eu fui contratada por um Grupo que tinha atividades sociais em Somerville, eles ganharam uma verba para ajudar famílias recém chegadas com crianças pequenas. Naquela época eles contrataram uma Vietnamita, uma Haitiana, uma Espanhola e eu brasileira. Eu comecei com um grupo de 9 famílias brasileiras com filhos pequenos, o meu era o maior grupo de todos’.

‘Eu tinha que visitar estas famílias uma vez por semana. Este emprego era um tipo de segundo trabalho, pois eu ainda trabalhava para o estado ‘full time’ eu trabalhava ali nas horas vagas, e a minha função era ajudá-las em tudo’.

‘Depois de 2 anos neste ‘part time’ a verba desta instituição acabou e o programa acabou. Entretanto ainda tinha um dinheirinho que restava e eles deixaram a gente ficar mais um tempinho para organizar as nossas comunidades. Neste período ganhávamos mais ou menos em torno de $4 mil dólares por ano, para cada uma, o tempo de trabalho ficou bem reduzido’.

‘Quando acabou este programa as famílias com que eu trabalhava me questionaram; ‘Não queremos deixar de receber a sua ajuda e assistência ou de nos encontrarmos, queremos continuar se encontrando’. A partir daí começamos a se encontrar todas as sextas-feiras a noite em Somerville, e este foi pontapé inicial do Grupo Mulher Brasileira. Esta foi à base do Grupo, estes primeiros encontros nas sextas-feiras à noite em Somerville. Estas famílias, ou melhor, dizendo estas mulheres são as mulheres que fundaram o GMB. Entre elas estava eu a Regina Bertoldo, Kátia, Regina de Paula, entre outras, nos éramos um grupo de mais ou menos entre 10 e 12 mulheres que decidimos fundar o GMB’.

O GMB vai fazer em março de 2014, 19 anos de vida.

‘Na atualidade eu tenho a função de Diretora Executiva no GMB’.

‘O GMB tem hoje uma diretoria com sete pessoas. E uma ONG dentro dos padrões normais de qualquer ONG e temos um status não beneficente. Nós nascemos na mesma época em que o Centro do Imigrante Brasileiro foi fundado’.

‘O Grupo Mulher Brasileira foi criado com a prioridade voltada para a questão da mulher brasileira imigrante, mas nós atendemos todo mundo que nos procura homens e mulheres e não vamos deixar nunca de atender quem procurar a nossa ajuda’.

‘O Grupo não começou naquela época com a intenção de ser um grupo de mulheres, mas começou entre nós as mulheres que discutíamos questões que interessavam a nós mulheres, e virou uma organização com base, com força por que todas elas começaram a agir, correr atrás de soluções para os problemas que nos afetavam e cada uma começou a tomar providencias, saber das questões, começamos a reclamar de coisas que nos pareciam injustas, etc.. Algumas não falavam inglês na época, hoje todas aprenderam inglês, todas são cidadãs americanas, e continuam ativas em causas sociais’.

Troféus, prêmios e medalhas
- Alguns dos troféus que recebeu no Press Award, um reconhecimento da importância do Grupo Mulher Brasileira para comunidade de Boston.

Heloisa foi condecorada com a Medalha do Barão do Rio Branco pelo consulado Brasileiro em reconhecimento pelo seu trabalho dentro da comunidade brasileira e também já ganhou vários Press Award na Flórida pelos seus projetos sociais e conquistas na comunidade brasileira de MA.

Harvard Universidade

‘Eu dou aulas de português na Harvard, desde 2010, estou entrando para o quarto ano. Eu não tenho mestrado em português, meu mestrado é em jornalismo e televisão. Eu não sou professora titular na Harvard, por que não tenho o doutorado em português e teria que fazer concurso para isso. Eu não fiz concurso, eu fui contratada para a função. A Harvard tem interesse em que tem adversidades na função, e a experiência da pessoa tem muito peso na minha função que estou lá hoje. Eu dou aulas de português e de cultura sobre o Brasil. Minhas aulas todas são em português, não em inglês’.

Cooperativa Viva Verde
-Nossa missão não é só limpar casas, o cooperativado tem estar imbuído do compromisso social que a cooperativa tem, não é só fazer dinheiro. Queremos que todas tenham um salário digno, que elas possam sobreviver do fruto do seu trabalho.

A cooperativa nasceu da seguinte forma; ‘Nos tínhamos aqui uma voluntaria que se chamava Monica, ela inclusive já foi embora para o Brasil, ajudava aqui no Grupo muita gente, ela trabalhava como diarista aqui nos USA, e ela representava o GMB em uma reunião em Somerville, que ainda existe, com frequência mensal, de um grupo que a gente ainda faz parte até hoje que se chama Immigrant Service Providers Group’.

‘E um representante da Tufts University, foi a uma destas reuniões e falou dos planos da faculdade de desenvolver um trabalho social com as diaristas’.

‘Neste dia Monica falou na reunião dos nossos planos do GBM de formar uma cooperativa, porque as nossas diaristas brasileiras estavam enfrentando muitos problemas de saúde, por que os produtos que elas usavam eram muito fortes além dos problemas de exploração financeira, por que tem muitas que trabalham como terceirizadas na função e são exploradas pelas empresas ou patrões, etc’.

‘A Tufts foi a nossa intermediária como parceira do GMB para recebermos uns Grant’s (verba de fundações) para tocar o projeto em frente. Eles escreveram e conseguiram a verba para nos darmos inicio ao projeto da Cooperativa. Nesta mesma leva foram beneficiados os grupos dos Haitianos e dos Hispanos’.

‘A cooperativa é um braço do Grupo Mulher Brasileira, e a responsabilidade total e do GMB. A liderança da Cooperativa faz as decisões delas referente à cooperativa, por exemplo; elas têm uma conta que elas colocam 5% do que elas fazem de dinheiro durante o mês e gerenciam este dinheiro, que normalmente é utilizado para fazer cursos de aperfeiçoamento profissional e estes recursos também ajudam a pagar a coordenadora da cooperativa, que é uma funcionária do Grupo Mulher Brasileira’.

‘A captação de clientes para a Cooperativa e feita através de vários sites, onde os clientes colocam seus anúncios a procuram de serviços de diaristas. Quando nos começamos 80% dos nossos clientes estavam localizados na Jamaica Plain, e tivemos alguns comentários nos sites que nosso trabalho era muito bom por que trabalhávamos com produtos naturais. Aí fomos crescendo e hoje temos bastantes clientes’.

‘Temos 7 cooperativadas que trabalham na cooperativa como diaristas e estamos ampliando, em um passado recente já tivemos mais cooperativadas, e algumas decidiram trabalhar por conta própria, que esta é nossa meta. Nosso objetivo é ajudar elas e terem força, conhecerem a profissão e buscarem voar com as próprias assas, mas agora estamos dobrando o numero de cooperativadas, vamos ficar com um total de 14. A demanda do mercado em busca dos serviços da cooperativa tem aumentado muito e isso esta nos obrigando a dobrar a nossa força de trabalho’.

‘A decisão delas das diaristas e de limpar duas casas por dia, 10 casas por semana, em 5 dias por semana. Entretanto às vezes elas precisam limpar mais casas por que a demanda no setor está muito forte’.

‘Para entrar na cooperativa todas precisam passar por um treinamento de como usar os produtos, etc. E o processo de seleção precisa estar aberto, atualmente ele está aberto, e as candidatas precisam passar por duas ou três entrevistas, depois passam por um processo de 6 meses de experiência na função, para que a pessoa saiba se isso mesmo que ela quer e para nos vermos se a pessoa atende as necessidades da Cooperativa. Nossa missão não é só limpar casas, o cooperativado tem que estar imbuído com o compromisso social que a cooperativa tem, não é só fazer dinheiro. Queremos que todas tenham um salário digno, que elas possam sobreviver do fruto do seu trabalho. A função social vai desde quando uma adoece as outras assumem a trabalho da outra e assim por diante, se auto ajudam, no trabalho e financeiramente’.

Novo canal democrático no GMB

‘Estamos abrindo o GBM para associados, qualquer pessoa de qualquer nacionalidade pode se associar no Grupo, e vamos abrir para que os sócios possam votar em que frentes devemos agir e como, mas este direito de voto e só para associadas brasileiras, associadas de outras nacionalidades não tem este direito de voto. Com isso o conselho administrativo vai ser ampliando’.

Brazilian Day Boston – Festival da Independência

‘O festival tem uma comissão organizadora que todo ano muda. O GMB e o mentor do Brazilian Day Boston, mas tem uma comissão organizadora que autônoma para tomar decisões. Nos hoje não estamos preocupados com o numero de pessoas no evento, mas sim com a qualidade do mesmo’.

 ‘O consulado ajudou, e é o nosso parceiro no Festival do Brasil há 17 anos, porém nos últimos 3 anos é que contribuiu com ajuda financeira, além da ajuda moral. Em 2012 contribuiu com $7,000.00 dólares e no ano de 2013 com $3.000.00 dólares. Na verdade este é um dinheiro do Governo Brasileiro repassado pelo consulado para o Festival da Independência em Boston’.

‘Nós sempre conseguimos fazer o festival brasileiro com a ajuda dos patrocinadores privados. Este é ume é um evento muito caro’.

Diga uma das suas muitas realizações pessoais no Grupo    

‘O que mais me emociona é a comunidade brasileira, eu nunca penso em algo que eu fiz, eu não fiz nada o Grupo fez tudo, ninguém faz nada sozinho. Contudo eu acho que o Grupo existir por 18 anos quase 19 anos praticamente sem verbas, por que nos passamos no mínimo 7 a 10 anos sem verba alguma, tudo que fazíamos era sem dinheiro completamente, nos vendíamos salgadinho que dona Hercília fazia. Ela foi uma das fundadoras do Grupo e mãe da Regina Bertoldo, nos ganhávamos $30, $40 dólares com eles e pagávamos uma babá para cuidar das nossas crianças e assim fazermos nossa reunião do Grupo. Isso me deixou realizada, a luta difícil para ficar a base do Grupo. A gente só começou a ganhar dinheiro, na verdade a primeira grande verba que nos ganhamos foi esta da Tufts que nos permitiu criar a Cooperativa. Quando a gente percebeu que tínhamos que sair de Somerville em 2001, por que as coisas começaram a apertar muito, foi quando nos aproximamos do MAPAS e fomos recebidos de braços abertos por eles (Paulo Pinto). Ai naquele momento nós percebemos que precisávamos ser uma ONG não beneficente, e que a gente precisava de um status para ganhar verba, e isso começou em 16 de junho 2003, quando nos foi dado o certificado ao Grupo de não beneficente. E lá se vão 11 anos, desde então. A partir daí começamos a nos inscrever para receber os Grant’s’.

Funcionários assalariados do GMB

‘Nós todas passamos muitos anos trabalhando sem ganhar dinheiro, por que não tinha dinheiro’.

O Grupo hoje um quadro de 5 funcionárias, ‘part time’ assalariadas. Em maio de 2013 pela primeira vez na história do Grupo nos fomos capaz de dar um aumento para as funcionárias e aumentar minhas horas de trabalho no GMB de 20 para 35hs/semanais. Hoje nos temos:

·        Uma Coordenadora da Cooperativa
·        Uma Diretora Executiva
·        Uma Responsável pela comunicação, web, etc.
·        Uma Coordenadora do Festival
·        Uma pessoa responsável pelo Direito Trabalhista

Serviços

‘O grupo nunca cobrou nenhum serviço para comunidade’.

‘Mas agora estamos começando a cobrar, por 18 anos nunca cobramos absolutamente nada’

‘Vamos começar a cobrar $25.00 para preencher a documentação para legalizar estudantes’.

‘Nos já ajudamos mais de 200 estudantes e nenhum pagou um centavo, mas agora vamos cobrar’.

‘Para você ser sócio do Grupo nós cobramos $25.00 por ano, porém, nada disto a pessoa é obrigada a pagar para ter ajuda, se ela busca nossa ajuda e não pode pagar nos ajudamos de graça’.

‘O curso de inglês que tem como professora uma voluntaria que é uma aluna da Harvard, nós cobramos $20.00 pelo curso todo, ou seja, 3 meses de classes, uma vez por semana com 2hs30min de aula, nas sextas feiras à noite’.

Cobrar por quê?

‘Primeiro; por que precisamos de dinheiro, nosso orçamento e muito baixo’.

‘Segundo; por que as fundações que oferecem Grant’s querem ver uma contra partida da comunidade’.

‘Elas dão dinheiro, mas querem saber se a população que a gente serve dá também, elas não querem doarem tudo’.

‘O GMB não e bom para ganhar dinheiro, nós precisamos de um evento para ganhar dinheiro, como um jantar que todo mundo faz, o que nos falta e pessoal para trabalhar em todas as frentes, estamos carente neste sentido’.

Clinicas de advogados

‘É de graça, e o objetivo não e conseguir clientes para o advogado, e sim de a pessoa tirar alguma duvida, as pessoas que procuram estas clinicas tem duvidas, e é para isso que elas servem’.

‘Contudo se a pessoa sentir que precisa abrir um caso na corte, ela pode sim contratar um advogado, mas ai vai ser lá no escritório do advogado, e claro ele vai cobrar pelo serviço e nos não temos nada haver com isso’.

Passeatas

‘Eu adoro passeatas, acredito nelas, e acho um meio democrático de buscar direitos e conquistas sociais. Eu acho que os brasileiros vão a passeatas e são participativos. Apesar de o numero ainda ser muito pequeno de brasileiros participativos, mas isso não e uma coisa nova. E muito difícil para se descobrir por que as pessoas não vão às passeatas. Eu acredito que existem muitas razões para isso; alguns têm medo, tem o trabalho, tem o dinheiro na frente, tem a necessidade, e por ai vai. O melhor negócio e trabalhar com quem vai às passeatas não com aqueles que não vão. Quem sabe o resto vendo a participação de outros não sentem um necessidade social e começam a participar também, sei que o numero de brasileiros em passeatas é pequeno, mas só podemos mudar isso com muito trabalho e consciência social. Eu acho que não é produtivo dizer que os brasileiros não participam de passeatas. Nos só queremos ao nosso lado aqueles que estão dispostos a oferecer alguma coisa, a lutar com a gente por melhorias para nossa comunidade, estes é que nós estamos buscando. Outro dia uma pessoa me ouviu no rádio no programa que temos todos os sábados, e ele ligou para o Grupo na segunda-feira e seguinte e disse assim: ‘Eu vou fazer uma doação para você quais os dados da sua conta bancária, quero doar para o trabalho do Grupo por que eu acho este trabalho fantástico’, e este espírito que estamos buscando na comunidade’.

Reforma Imigratória

‘Eu acho que esta reforma não vai sair se nós não lutarmos. Eu não sei se sai reforma este ano, é um ponto de interrogação para mim. A certeza não existe mais, agora esta na mão do presidente, por que se os republicanos fizerem isso com certeza à lei não vai ser do agrado dos imigrantes. A lei proposta por eles é péssima para os imigrantes. Tem algumas coisas boas, mas no geral é péssima. Agora os imigrantes que não documentos que tentam sobreviver todo dia na ilegalidade, qualquer coisa que você oferecer para eles é lucro. Por exemplo; Uma carteira falsa que o governo dar e falar assim: Olha aqui, a gente sabe que esta carteira é falsa e você pode levar. Eles vão querer por que eles estão desesperados e eu entendo isso, isso não é ideal, mas eles vão querer. Nós apoiamos a comunidade, eu acredito que a coisa toda esta nas mãos do Obama’.

Deval Patrick – Carteira de Motorista em Massachusetts
- ‘Eu o admiro e gosto dele, ele me chama pelo nome, conhece o nosso trabalho no Grupo’.

‘Eu o admiro e gosto dele, ele me chama pelo nome, conhece o nosso trabalho no Grupo. Eu acho que a carteira de motorista tem uma grande possibilidade de passar aqui em Massachusetts. Eu tenho grandes esperanças que este ano nós vamos ter ganhos desta natureza aqui em MA, entre outras coisas a carta de direito das trabalhadoras domesticas, etc. Nós precisamos disto, destas leis estaduais que favorecem o ilegal, independente da reforma imigratória sair ou não e as pessoas precisam entender isso, por que se sair uma lei de imigração, muitas pessoas não vão ser beneficiadas e estas leis estaduais vão proteger estas pessoas que não se beneficiarem com a lei federal. A luta tem que ser em duas frentes’.

O que tem a dizer para comunidade

‘Trabalhar com a comunidade é como uma galinha que cata um milho aqui outro lá, como as abelhas que trabalham durante o verão para poder chegar no inverno e ter alimento e assim vai. Eu quero dizer para comunidade que ela precisar como um todo se envolver bastante, ela já se envolve muito, mas tem que se envolver mais, em causas sociais, nas lutas por mais direitos, etc. Para alcançarmos aquilo que nos desejamos seja o que for, só assim e que vamos acumular vitórias, que beneficiam a todos’.

Desabafo

Eu tenho momentos que me dá vontade de dizer assim: ‘Não faço mais, acabou vou embora eu vou viver a minha vida com meus filhos, com meus netos’. ‘Trabalho aqui no Grupo às vezes nos feriados e às vezes digo para mim mesma, hoje ta um dia tão lindo eu não quero estar aqui trabalhando quero estar lá fora, como todo mundo. Mas eu faço ioga há muitos anos e minha professora sempre diz um ditado que me conforta: ‘Não é resultado que interessa é o processo’.

Imprensa Brasileira local

‘Eu acho que imprensa tem um papel importante, e acho muito bom que a gente tenha uma. Por que nós ou nenhuma organização existe sem a imprensa. Nós não conseguimos chegar à comunidade, só atingimos 1% da comunidade, o nosso trabalho que fazemos precisa ser difundido nos quatros cantos da comunidade, se a gente não trabalhar com a imprensa e com as lideranças religiosas, isso não acontece. Precisamos dela, ela é a grande voz da comunidade. A imprensa é importantíssima como fonte de informação e de conscientização. Eu só tenho agradecer, pois toda vez que eu peço o apoio da imprensa sou correspondida. Na nossa comunidade 90% da população lê os jornais locais, eu estou falando especificamente da imprensa brasileira comunitária local, só por ai da para ver o papel dela no nosso contexto comunitário local. Nossa comunidade não lê o Boston Globo, ou qualquer outro jornal americano, e isso é um fato’.

HBN – Paulo Monauer
Fotos Paulo Monauer  e divulgação
www.hellobrasilnews.com
facebook – Hello Brazil News
www.paulomonauer.com

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